Policial acusado de integrar grupo de extermínio será julgado nesta sexta-feira
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- 15-10-2009
A 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua vai levar a julgamento, nesta sexta-feira (16/10), às 9h30min, o policial militar Raimundo Nonato Soares Pereira. ?Nonatinho? ou ?Cabo Nonato?, como é conhecido o réu, é acusado de participar do assassinato de Altamir Júnior Rodrigues Alves e de integrar um grupo de extermínio formado por policiais.
O crime aconteceu no dia 22 de novembro de 2006, por volta das 7h45min, na academia Central Fitness, no Residencial Marcos Freire, no Mondubim. Consta nos autos que o ex-soldado da Polícia Militar Ademir Mendes de Paula, o ?Fusqueta?, acompanhado pelo ?Cabo Nonato?, em uma moto, matou a vítima a tiros.
As investigações da polícia apuraram que o homicídio foi encomendado pelo assaltante Marcos Paulo de Oliveira Soares que, na época, cumpria pena no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS). De acordo com conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça, o detento teria contratado os dois executores por intermédio de seu pai, Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira, e de Josevane Pinheiro de Oliveira, policial militar conhecido como ?Evandro?.
A motivação do crime seria o fato de que o pai de Marcos Paulo estaria prestes a ser assassinado pelo ?Cabo Nonato? a mando de Altamir Júnior. ?Evandro?, então, teria negociado o valor de R$ 10 mil para que o réu matasse não mais Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira, mas o próprio Altamir Júnior.
Raimundo Nonato Soares Pereira, que está preso, responde por homicídio duplamente qualificado, artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (mediante promessa de recompensa) e IV (sem dar chance de defesa à vítima), combinado com o artigo 29 e o artigo 288 (associação para formação de bando) do Código Penal Brasileiro (CPB). Além do ?Cabo Nonato?, ?Evandro? e Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira respondem pelos mesmos crimes. Entretanto, o primeiro negou a participação no delito, alegando que estava de serviço na ocasião do homicídio e recorreu da decisão, enquanto o segundo réu está foragido e será julgado à revelia.
O julgamento do ?Cabo Nonato? será presidido pelo juiz José Barreto de Carvalho Filho, titular da 4ª Vara do Júri. A acusação será feita pelo promotor Alcides Jorge Evangelista Ferreira e a defesa pelo advogado Paulo César Feitosa.