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Policiais envolvidos em caso de desacato serão ouvidos pela Auditoria Militar

Ouvir: Policiais envolvidos em caso de desacato serão ouvidos pela Auditoria Militar

Na próxima segunda-feira (29/06), às 10 horas, a Auditoria Militar do Fórum Clóvis Beviláqua realizará audiência de interrogatório dos envolvidos em um caso de desacato entre policiais do Ronda do Quarteirão e o major da Polícia Militar, Júlio César Passos Pereira. Os acusados serão interrogados pelo juiz Henrique Jorge Granja de Castro, que está respondendo pela Auditoria Militar, e pelo Conselho Especial de Justiça da Polícia Militar.
O fato aconteceu no dia 29 de agosto de 2008, no bairro Henrique Jorge. Segundo a denúncia, os soldados Antônio José Bezerra Sousa, Cristiano Silva de Castro e Robson Ramdaw Damasceno, lotados no Ronda do Quarteirão, foram acionados por meio de celular para atender a uma ocorrência por perturbação do sossego alheio, no ?Bar do Brother?. Os policiais solicitaram a diminuição do volume do som daquele estabelecimento, o que foi prontamente atendido.
Por volta de 2 horas da manhã, os policiais voltaram a receber chamado pelo mesmo motivo, que os fez retornarem ao local. Relata o Ministério Público nos autos do processo que a abordagem dos policiais aconteceu de forma ríspida, o que fez o major Júlio César, que estava no bar, irritar-se com os soldados. Sob efeito de bebida alcoólica, o major solicitou que fosse chamado o supervisor de policiamento da Capital, pedido atendido pela patrulha do Ronda.
Após a solicitação de comparecimento do supervisor, iniciou-se uma discussão entre os militares. O soldado Ramdaw deu voz de prisão ao major por desacato. Ao chegar ao local, o comandante do policiamento da Capital efetuou a prisão dos três soldados do Ronda.
O major Júlio César foi denunciado pelo Ministério Público por cometer crime de ofensa aviltante a inferior. Os soldados respondem a processo por desrespeito a superior, injúria real, constrangimento ilegal e inobservância de lei, regulamento ou instrução. Todos serão processados e julgados pelo Conselho Especial de Justiça da PM formado pelos oficiais Coronel Francisco Domingos Barroso e os tenentes coronéis José Valmi de Menezes, Francisco Coraci Camelo Ponte e José Rogério Câmara do Nascimento, presidido pelo juiz Henrique Jorge.