PM depõe sobre o tiro na estudante
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- 17-12-2009
17.12.2009 Polícia
O cabo da Polícia Militar Francisco Carlos Barbosa, 50, acusado da morte da estudante universitária Francisca Nádia Brito, 22, em abril deste ano, foi interrogado ontem na 4ª Vara do Júri, no Fórum Clóvis Beviláqua. Além dele, foram ouvidas as testemunhas de defesa do réu. Segundo o advogado do PM, Michel Rayol, seis testemunhas foram arroladas pela defesa. Ainda este ano, a fase de depoimentos e interrogatórios, além das alegações finais do processo, deverão ser concluídas.
Os depoimentos foram acompanhados pelo promotor Alcides Jorge Evangelista e pelo assistente da acusação, Marcelo Sobral. A denúncia contra Francisco Carlos Barbosa é a de um homicídio duplamente qualificado pela surpresa e motivo fútil. Sete testemunhas arroladas pela acusação – que presenciaram o fato – já foram ouvidas pela Justiça.
“Todas deram versões semelhantes para o caso”, destacou o advogado Marcelo Sobral. De acordo com essas testemunhas, o policial teria disparado três vezes contra um grupo de jovens que, da praça em que estava Nádia, jogavam pedras na topique.
Os depoimentos começaram por volta das 10 horas e o interrogatório do réu foi o último procedimento. Na ocasião, ele apresentou sua versão para o fato na presença do juiz José Barreto de Carvalho Filho, titular da 4ª Vara do Júri. “O policial estava em estrito cumprimento do dever legal e agiu em defesa de si mesmo e de terceiros. Naquele momento, ele era a única pessoa obrigada pelo Estado a tomar uma atitude. O que aconteceu à jovem foi uma fatalidade”, disse o advogado do réu à Imprensa.
O fato
Francisca Nádia Brito foi atingida por um tiro que teria sido disparado pelo policial. O acusado estava como passageiro de uma van que passava em frente à Praça da Cruz Grande, no bairro Itaperi, quando uma confusão entre torcedores aconteceu na praça. A jovem, era aluna do curso de História.