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Pistoleiro Mainha executado com oito disparos em Maranguape

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05.01.2011 Fortaleza
Pistoleiro foi morto perto do sítio onde costumava passar os fins de semana. Ele cumpria regime semiaberto há três anos. Foram oito disparos, mas a Polícia ainda não sabe quem foram os executores de Mainha
Mainha foi executado com uma pistola que é de uso exclusivo da Polícia (SARA MAIA) O pistoleiro mais temido do Ceará morreu. E do mesmo modo como matou muita gente. Foram nove perfurações e oito tiros de pistola ponto 40. Dois acertaram-lhe a cabeça. Um no lado direito do rosto e outro bem no meio da testa. Mais dois foram certeiros no coração. Os demais ficaram distribuídos pela lombar e braços. A arma é de uso exclusivo da Polícia, mas ainda não se sabe quem executou Idelfonso Maia da Cunha, 55, o ?Mainha?.
Eram 13 horas de ontem quando Mainha atravessava a rua Samambaia, no Novo Maranguape. Montado num burro, ele ia em direção ao pequeno sítio onde, há quatro anos, costumava passar os fins de semana desde que passou a cumprir regime semiaberto. Mas um Citröen preto entrou na via. Era o prelúdio da morte.
O carro brecou, um dos dois homens que ocupava o veículo desceu e efetuou pelo menos 14 disparos. Os dois cartuchos recolhidos pela Perícia indicam isto. O pistoleiro caiu num terreno baldio de esquina, cheio de mato e por trás da Cadeia Pública da cidade. Três dos disparos atingiram o burro, que pode ser sacrificado. O local ficou lotado de curiosos.
Ameaças
O caso está sob a tutela da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vai trabalhar em parceria com a Delegacia de Maranguape. Por ora, a única pista que se tem é a placa do carro, mantida sob sigilo. ?Não tem como dizer nada agora, porque existem muitas placas com o mesmo número?, pontuou o diretor-adjunto da DHPP, delegado Franco Ribeiro.
Segundo ele, Mainha registrou vários Boletins de Ocorrência (BO) queixando-se de ameaças. O mais recente datado de 28 de dezembro último. Contudo, nunca citou nomes de possíveis algozes.
Como reforço, as polícias Rodoviária Estadual (PRE) e Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizadas para interceptar veículos semelhantes ao utilizado no crime. ?Nunca imaginamos um desfecho como este. Mas não quero colocá-lo como celebridade. Ele era um infrator. E isto é uma demonstração de que, quem vira bandido, tem dois fins: a cadeia ou a morte. Que sirva de aviso?, afirmou o superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas.
Ironia ou não, o pistoleiro estava desarmado. E morreu galopando, uma de suas paixões nas horas vagas.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Mainha é acusado de inúmeros assassinatos. Há quem diga que a lista ultrapassa os 100 casos. Na década de 1980, chegou a ser perseguido até pelo sudeste brasileiro. Em 1988, foi preso em Quiterianópolis, no Ceará. Há cerca de três anos, cumpre regime semiaberto.
COMO ACONTECEU O ASSASSINATO
Às 13 horas, Mainha cruzava a rua Samambaia montado no seu burro. Ia em direção ao sítio onde morava em Maranguape.
De repente, um Citröen preto entrou na rua. Havia dois homens dentro. O que ocupava o banco do passageiro desceu e efetuou vários disparos.
Mainha morreu num terreno baldio, com nove perfurações de pistola ponto 40. Um dos tiros foi dado na testa. Uma multidão acompanhou o trabalho da Perícia.
Bruno de Castro
brunobrito@opovo.com.br