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Pesquisa sobre Justiça Restaurativa no Japão vai ser apresentada no I Encontro Científico Virtual da Esmec

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A Escola Superior da Magistratura do Ceará promove nesta sexta-feira (19/06), das 9h às 17h, o I Encontro de Pesquisa Científica de forma totalmente virtual através do sistema padrão Webex. O evento oferece programação extensa e diversificada.

Interessados em participar podem se inscrever através de formulário eletrônico. A sala virtual do evento pode ser acessada através deste link. As vagas são limitadas e os participantes que registrarem pergunta ou comentário para os expositores, com nome completo, e-mail e cidade/país, receberão certificado.

Uma das participantes será a técnica judiciária Isabela Barbosa Ferreira, que desenvolve pesquisa sobre a Justiça Restaurativa no Japão. Servidora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) há 25 anos, ela atua desde 2016 no Núcleo Judicial de Justiça Restaurativa (Nujur) e tem proximidade com a cultura e com a língua do país asiático.

“Na intenção de conhecer o tema com que trabalho no dia a dia para melhor aplicá-lo, voltei-me ao aprofundamento das leituras e formações continuadas sobre o assunto. Hoje faço parte do grupo de pesquisadores da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), na linha de pesquisa sobre Políticas Públicas, Sociedade e Sistema de Justiça”, explica a servidora. O resumo do seu artigo, intitulado como “Justiça Restaurativa como Política Pública Judicial no Japão”, será apresentado virtualmente às 16h desta sexta-feira.

“O tema Justiça Restaurativa sempre me despertou interesse porque possibilita olhar o conflito judicializado, além do processo. A Justiça Restaurativa oportuniza que as partes discutam o que é melhor pra elas diante da ocorrência do acontecimento danoso”, destaca Isabela. Seu artigo teve a orientação do professor Antônio Carlos Largura Filho e mostra a realidade dessa técnica no país asiático. “A escolha pelo Japão se deu pelo fato de que poucas são as pesquisas em língua portuguesa sobre o tema naquele país, suscitando a minha curiosidade”.

A afinidade da pesquisadora com a cultura nipônica já existia antes do estudo que resultou no artigo. “Tenho uma condição de facilitadora e mantenho proximidade com a cultura e a língua japonesa. Isso me viabilizou o acesso àquele país”. A pesquisa compreendeu diversas leituras e possibilitou uma visita à Universidade de Waseda, em Tóquio, e uma entrevista realizada com o professor doutor Norio Takahashi, que tem publicações sobre o tema.

SAIBA MAIS
O evento terá palestra de abertura com o tema “Administração da Justiça: área de pesquisa emergente”, a ser proferida pelo Prof. Dr. Tomás de Aquino Guimarães, da Universidade de Brasília (UnB). A programação segue com 14 apresentações nas linhas de pesquisa de Gestão Pública e Inovação no Poder Judiciário; Políticas Públicas, Sociedade e Sistema de Justiça; e Direitos Humanos. E no encerramento haverá a palestra “Pesquisa Histórica do Poder Judiciário: estado da arte no Brasil”, proferida pelo Prof. Dr. Martônio Mont’Alverne Barreto Lima, da Universidade de Fortaleza (Unifor).