Penúltimos interrogatórios previstos sobre a Chacina da Messejana estão ocorrendo no Fórum
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- 24-03-2017
Mais interrogatórios sobre a Chacina da Messejana estão ocorrendo desde às 10h15 desta sexta-feira (24/03), no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. A previsão do Colegiado da 1ª Vara do Júri de Fortaleza, que realiza a audiência, é ouvir os seis penúltimos réus e que todos os interrogatórios sejam finalizados no próximo dia 31.
Os interrogatórios de hoje são relativos ao terceiro processo sobre o caso (os do segundo e do primeiro foram encerrados, respectivamente, no último dia 17 e final de janeiro). A programação desta sexta-feira é ouvir os seguintes acusados: Antônio Jucieudo Holanda Lopes, Fábio Paulo Sales Gabriel, Francisco Girleudo Silveira Ferreira, Hugo dos Santos Guedes, Valdemir Izaquiel Silva e Daniel Campos Menezes.
O primeiro processo já está na fase de apresentação dos memorais escritos, na qual o Ministério Público do Ceará (MPCE) e a defesa, em sequência, trazem as alegações finais. Neste processo, já foram apresentados os memoriais escritos do MPCE, em relação a todos os oito réus. Quanto à defesa, resta a apresentação de apenas um deles. No segundo processo, os advogados de alguns acusados pediram, nesta semana, um prazo maior para apresentar os memoriais escritos, alegando que caso é complexo e há um número grande de réus. O Colegiado decidirá sobre o assunto.
Os processos tramitam em paralelo porque, em dezembro último, os autos originais foram divididos, a partir de decisões do Colegiado. Nelas, os juízes determinaram que parte dos réus migrassem para duas novas ações, com 18 acusados em cada, restando oito no processo inicial. Com a cisão dos autos, não foi necessário ficar aguardando a oitiva de todos os depoentes para dar sequência ao trâmite de cada ação separadamente.
A Chacina se refere a assassinatos ocorridos em novembro de 2015, no bairro Messejana, em Fortaleza. Ao todo, 11 pessoas foram mortas e sete, vítimas de crimes distintos. A denúncia foi oferecida pelo MPCE contra 45 policiais militares. Logo que o edital de formação do Colegiado foi publicado, nos termos previstos em legislação própria, a denúncia foi recebida em relação a 44 deles e, em seguida, foi decretada a prisão preventiva dos envolvidos.