Pedida a prisão para toda a diretoria da torcida organizada do Ceará
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- 10-09-2010
10.09.10
Fim do inquérito: ao lado do promotor Rinaldo Janja, que acompanhou o caso, o delegado Aurélio deu detalhes da apuração e considerou que foram praticados crimes graves. Seis torcedores foram indiciados por tráfico de drogas, receptação, posse ilegal de arma e formação de quadrilha
A Polícia Civil agiu rápida e foi contundente em suas conclusões. Em menos de um mês, está encerrado o inquérito que apurou uma série de crimes atribuída aos dirigentes da torcida organizada Cearamor.
Na tarde de ontem, o delegado Aurélio Araújo, titular do 34º DP (Centro), concedeu entrevista coletiva e informou que, no relatório final das investigações, pediu a decretação da prisão preventiva para seis diretores da facção organizada, entre eles, o seu presidente, Jeysivan Carlos dos Santos, o ´Jey´.
Além dele, foram indiciados o vice-presidente da Cearamor, Régis Alves Pires; o organizador de caravanas da torcida, Anderson Amorim Lobo; o professor de artes marciais Alessandro Chaves Araújo, o ´Grandão´; Diego Benesson Chaves dos Santos Gomes, que comanda a bateria da torcida; e ainda, Luís André Silva de Oliveira, gerente da loja ´Ninho do Urubu´, onde são vendidos artigos como camisas e bandeiras para os torcedores.
Crimes
Ao final do inquérito formulado em 179 páginas, o delegado indiciou os acusados em oito crimes, sendo quatro deles leis previstos na Lei dos Entorpecentes (lei número 11.343): tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse de drogas para transformação (de cocaína para pedras de crack) e tráfico em entidade associativa ou recreativa.
Além disso, houve indiciamento por mais três delitos previstos no Código Penal Brasileiro – receptação, formação de quadrilha e adulteração de marca ou sinal identificador em veículo automotor – e, por fim, posse ilegal de arma. Somadas as penas dos oito crimes, os acusados poderão pegar mais de 20 anos de cadeia.
O inquérito foi remetido à Justiça no fim da tarde de ontem e já deverá tramitar, a partir de hoje, na Primeira Vara dos Entorpecentes. A denúncia contra os seis torcedores poderá ser oferecida pelo Ministério Público antes mesmo que o juiz decida se irá acatar ou indeferir o pedido de prisão preventiva.
Ao lado do promotor de Justiça Rinaldo Janja, que acompanhou toda a investigação, o delegado Aurélio Araújo demonstrou confiança no trabalho que desenvolveu junto com sua equipe de inspetores e escrivães, além do apoio da Superintendência da Polícia Civil. “São crimes graves”, acentuou.