Participantes elogiam acordos celebrados durante Semana Nacional da Conciliação
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- 11-11-2022
A XVII Semana Nacional de Conciliação chega ao final com seus objetivos alcançados, ou seja, difundir a cultura da solução de conflitos por meio da conciliação e da mediação. O resultado parcial da mobiliação revela que foram realizados 3.805 audiências na Capital e no Interior do Estado, com 1.153 acordos realizados. Os dados foram repassados pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Posteriormente será divulgado o resultado final, tendo em vista que muitas unidades ainda enviarão os dados.
O encerramento do esforço concentrado foi realizado durante o evento Pôr do Sol Cultural, nesta sexta-feira (11/11), no Espaço de Convivência dos Servidores do Fórum Clóvis Beviláqua, com abertura realizada pela diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, juíza Ana Cristina Esmeraldo. Na ocasião, o juiz coordenador do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos (Cejusc) de Fortaleza, Gúcio Carvalho Coelho, comentou os números atingidos.
“A Semana foi um sucesso absoluto. Não só porque alcançamos os números desejados, melhores dos que no ano passado, mas pelo empenho que a gente pôde ver em cada conciliador, a qualidade que nós conseguimos imprimir no trabalho. O acordo é uma consequência possível, mas não necessário. A gente quer a composição, mas o mais importante é o desafio de pacificar, de criar uma cultura de paz. Gerar nas pessoas essa certeza de que elas podem participar da solução. Essa formato de Justiça é do futuro”, disse o magistrado.
A conciliação é um processo voluntário que oferece àqueles que estão vivenciando uma situação de conflito a oportunidade e o espaço adequados para conseguir buscar uma solução que atenda a todos os envolvidos. E o papel do conciliador é orientar essas partes para chegarem a um acordo. Quando isso acontece, todos ficam satisfeitos, inclusive quem está lá para facilitar. É o caso da Fátima Maria Araújo de Souza, conciliadora voluntária do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza, que atuou na força-tarefa. “Na última das cinco audiências agendadas do dia, saiu o sonhado acordo entre as partes. Fiquei muito feliz”.
No processo de execução de títulos extrajudicial, da 6ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, uma clínica selou acordo com uma empresa de planos odontológicos. Durante a audiência, foram solucionadas, consensualmente, as questões discutidas. Fátima Araújo se sentiu orgulhosa ao tomar conhecimento de que “as partes concordam com a extinção do feito, sem custas e honorários sucumbenciais para ambas, cada um arcando com seus próprios honorários”. Fechado o acordo, foi determinada a remessa dos autos ao juízo de origem.
Esse foi apenas um das centenas de casos solucionados no mutirão promovido pelo Tribunal de Justiça do Ceará, que teve início nessa segunda-feira (7), com mais de 8 mil audiências na Capital e no Interior do Estado.
ACORDO FECHADO EM 1H20
Em outro processo da 6ª Vara Cível da Capital, os litigantes envolvendo uma empresa de venda de tecidos e uma loja de roupas e acessórios, após uma hora e 20 minutos de negociações, sob a orientação e supervisão do conciliador Francisco Rogério Cezário de Lima, celebraram o acordo consensualmente, beneficiando ambas as partes querelantes.
O advogado Osmar Celestino, representante de uma das partes, comemorou o acordo. “Foi muito gratificante, porque saem todos com aquela sensação de que realmente a justiça foi feita”.
Para o representante da outra parte, Helden Luciano Marques “os benefícios da audiência foram inúmeros. A conciliação sempre vem somar. Parabéns para toda a equipe, ao conciliador, toda a estrutura voltada para a conciliação”.
GRATO EM SERVIR
Formada em mediação e conciliação judicial, atuando no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal, Janaína Marques, se sente honrada em poder auxiliar na mobilização. “Estou muito grata por contribuir com os métodos consensuais de resolução de conflitos e participar, mais uma vez, da Semana Nacional de Conciliação”.
Janaína considera o trabalho que realizou, durante toda semana, como “muito desafiador”. Além de ajudar na organização, atuou como mediadora e conciliadora, recepcionado as partes e, também, realizando audiências. Na opinião dela, no que pese muitas vezes as partes não saírem das audiências com os termos fechado, a conversa entre os envolvidos é o primeiro passo para uma resolução. “A gente percebe que as partes saem com possíveis soluções a serem resolvidas pós-audiências. Isso também faz parte do nosso principal objetivo, que é restabelecer a comunicação entre as partes. Dessa forma, me sinto muito grata e honrada por este momento”.