Com o tema “Quando a Vida Perde o Encanto”, a psicóloga Caroline Treigher realizou, nesta sexta-feira (13/09), palestra sobre as emoções que estão relacionadas com a depressão e o suicídio e as medidas que podemos tomar para nos protegermos desses problemas. O evento ocorreu no Fórum Clóvis Beviláqua e integrou a programação realizada pelo Poder Judiciário cearense, como parte da campanha “Setembro Amarelo”.
A palestrante explicou que o contexto atual da sociedade tem importante influência no crescimento desses problemas. “O mundo hoje funciona para que gente tenha a satisfação imediata e quando temos as decepções não estamos preparados. A dor é encarada como um fracasso e não estamos prontos para enfrentar isso. Vivemos uma época em que não se prepara para o enfrentamento do sofrimento”, relatou.
Ela disse que “precisamos nos abastecer de convicções, de significações para termos força de enfrentar o sofrimento, para que quando vier a nuvem escura a gente lembre que existe o céu azul por trás. Precisamos dar sentido para nossa vida e para nossa dor”.
A psicóloga também revelou que a depressão pode vir mascarada, tornando difícil o diagnóstico, mas que é possível observar certos fatores que merecem atenção, tais como mudanças de comportamento, às vezes com agressividade, especialmente nos homens. Além disso o indivíduo pode apresentar um quadro de negatividade, de pessimismo e de afastamento do convívio social. Segundo a profissional, o aparecimento desses fatores podem indicar que o indivíduo talvez precise de ajuda profissional.
PRÁTICA DE REIKI
Ainda nesta sexta-feira, servidores e magistrados puderam desfrutar de momentos de relaxamento e energização por meio de sessões de Reiki, com terapeutas da comunidade Afago e com a coach Bianca Sales. A prática ocorreu na Sala Ecumênica do Fórum Clóvis Beviláqua.
O Reiki é uma técnica japonesa que utiliza a troca de energia para revitalizar e harmonizar o corpo, usando as mãos como fonte para promover bem-estar, felicidade e serenidade. A prática ajuda na redução do estresse e da ansiedade e no equilíbrio emocional, sendo utilizada para o alívio de problemas leves e como forma de auxiliar o tratamento das doenças. O Reiki não deve substituir tratamentos prescritos pelo médico.
A juíza Natália Gondim, auxiliar das Varas de Família, disse que saiu da sessão mais relaxada e feliz. “Essa preocupação com o ser humano, esse sentimento de ser respeitado e acolhido faz a gente se sentir bem no ambiente de trabalho e ser mais produtivo. Participar dessas atividades é muito gratificante para a gente, que lida com tantos conflitos e cobranças, às vezes fontes de ansiedade e cansaço”, declarou.
A atividade encerrou a programação do Setembro Amarelo no FCB, após uma semana de palestras, escutas e acolhidas com psicólogos, peça de teatro para estudantes da rede pública e massagem para a população. A diretora do Fórum, juíza Ana Cristina Esmeraldo, fez balanço positivo da iniciativa. “A adesão do Poder Judiciário ao Setembro Amarelo, com o desenvolvimento dessas atividades, mostra a sensibilidade para um tema que atinge milhões de pessoas. Aqui no Fórum, as ações foram muito bem recebidas pelas pessoas que vivenciaram as atividades. Pudemos ver e sentir o quanto foi significativo para elas”, destacou.
No Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), no bairro Cambeba, a programação se estende até o dia 30 de setembro e pode ser conferida aqui.