O juiz Flavio Vinicius Bastos Sousa, titular da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, manteve a prisão preventiva de Rachidy Sarquis Jereissati, acusado de tráfico drogas e associação para o tráfico (junto a outros dez réus). O grupo atuava em Fortaleza e na praia de Jericoacoara, no litoral cearense.
A defesa do réu havia ingressado com pedido de revogação de prisão, alegando ter sido instaurado um incidente de insanidade mental que se encontra concluso para despacho há mais sete meses.
Ao analisar o caso, o magistrado lembrou que o incidente não está mais nessa situação, pois proferiu decisão, no último dia 25 de julho, sobre o assunto. Nela, o juiz ressaltou que a perícia não deixou dúvidas acerca da integridade mental do réu e “foi taxativa ao constatar que o acusado é apenas usuário de maconha, mesmo que de forma nociva, descartando qualquer dependência química”. Ainda segundo o magistrado, essa decisão foi publicada no Diário da Justiça do dia 27 de julho “e não houve a apresentação de nenhum recurso, razão pela qual o referido incidente processual foi arquivado”.
O CRIME
Consta nos autos (nº 0046277-73.2016.8.06.0001 e n° 0115678-62.2016.8.06.0001) que a Polícia Civil, a partir de junho de 2015, iniciou operação para desarticular o comércio de drogas realizado entre Fortaleza e Jericoacoara. Por meio de interceptações telefônicas, na chamada “Operação Sunset”, os policiais acompanharam e identificaram toda a organização criminosa.
De acordo com a investigação, Rachidy recebia a droga semanalmente em Fortaleza e a levava de ônibus para Jericoacoara. O réu foi preso em flagrante em 2 de dezembro de 2015, na própria residência, na Praia de Iracema. Foram apreendidos 480 gramas de skunk, 100 de haxixe, 37 de maconha, além de pequenos sacos plásticos utilizados para embalar drogas e uma balança de precisão. Na ocasião, ele confessou o crime para os policiais.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça dessa terça-feira (08/11).