A 25ª edição da Oficina Pais e Filhos foi realizada no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza, nessa quarta-feira (27/04). O encontro acontece regularmente e é destinado a casais que tenham filhos e estejam envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda dos filhos, agressões, entre outros conflitos familiares.
A coordenadora do Centro, juíza Natália Almino Gondim, participou como instrutora em uma das salas. “A experiência foi muito positiva. Eu temia que as partes não ficassem muito à vontade com a minha presença, mas uma conversa franca no início deixou todos mais tranquilos. Esse trabalho foi importante para desmistificar a figura de um juiz frio, distanciado da parte, e mostra um lado sensível e preocupado com o sofrimento e os conflitos verdadeiros das pessoas envolvidas no processo”, explicou.
A oficina é oferecida duas vezes a cada mês e é dividida em quatro grupos. Dois reúnem os adultos, um as crianças entre 6 a 11 anos e um para adolescentes de 12 a 17 anos. Uma equipe de psicólogos e mediadores voluntários promove reflexões e utilizam cartilhas educacionais neste trabalho.
A costureira R.B.N., uma das participantes, disse que a iniciativa ajudou a melhorar o relacionamento com o pai da sua filha. “Eu realmente estava precisando passar por essa experiência. Pude entender mais o que estava se passando com a minha filha e aprendi a lidar melhor com o pai dela. Isso, sem dúvida, vai melhorar a convivência da nossa família”, destacou.
O trabalho é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que está sendo implantado em várias cidades brasileiras. Em Fortaleza, a realização é do Centro Judiciário do Fórum, com apoio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).