O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) promoveu, nesta sexta-feira (08/06), nova capacitação do projeto “Refletindo”, cujo objetivo é o aperfeiçoamento intelectual e técnico dos profissionais que atuam na resolução de conflitos, utilizando técnicas alternativas. Dessa vez, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre Câmaras de Mediação e Arbitragem no Brasil.
Segundo a supervisora do Nupemec, desembargadora Tereze Neumann Duarte Chaves, a finalidade é que a mediação seja desenvolvida com a maior qualidade possível, porque exige técnicas. “Não envolve julgamentos, mas sim uma atuação junto às pessoas de forma mais direta. Então, é preciso que os participantes estejam mais abertos, especializados, em formação continuada, para que permita a reflexão e o aprimoramento pessoal e intelectual.”
Os convidados para explicar o assunto foram os procuradores Damião Soares (estadual) e Silton Bezerra (federal), além do professor Antônio Jorge Pereira Junior. Eles abordaram aspectos históricos da mediação no Judiciário e a implantação da política junto à sociedade. Também participou o superintendente da Área Judiciária do TJCE, Nilsiton Aragão.
Na opinião do procurador Damião Soares, o sistema de Justiça brasileiro percebeu a importância de que os conflitos sejam solucionados não apenas pelo juiz. “A mediação só traz um grande vencedor: o jurisdicionado. Isso traz a efetividade garantida pela Constituição Federal. O sistema judicial está tendo essa responsabilidade, fazendo isso junto à sociedade, ao setor privado.”
Para a advogada Juliana Dutra, que participou da capacitação, “o trabalho de mediação é muito interessante para todas as partes, tornando tudo mais célere.”
Essa foi a terceira palestra do projeto “Refletindo”. Os debates foram gravados e serão repassados aos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs).