Com o objetivo de fortalecer ainda mais o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra mulheres e meninas no Estado, o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Abelardo Benevides Moraes, se reuniu, na tarde desta segunda-feira (06/02), com a desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra, presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher, e a juíza Rosa Mendonça, titular do 1º Juizado da Mulher da Capital, para discutir iniciativas que serão implementadas nos próximos meses.

“Muito foi feito nesses últimos dois anos, mas nós queremos fazer ainda mais. Vamos avançar na luta e no combate à violência contra o gênero feminino, pelas mulheres e pela sociedade cearense”, disse o chefe do Judiciário estadual.

Entre as ações debatidas, destaque para projeto do Judiciário cearense, “Um Novo Caminhar”, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com a finalidade de capacitar e inserir no mercado de trabalho mulheres vítimas de violência. Ainda neste mês de fevereiro, termo de cooperação entre as instituições será firmado para treinamento de cerca de 300 mulheres. Existente desde 2015, a iniciativa tem a proposta maior de oferecer um resgate da autoestima, da esperança e da valorização profissional dessas pessoas.

O TJCE também tem a adesão da Fiec ao selo “Mãos Dadas pela Paz em Casa”, ação que ocorre no intuito de reconhecer empresas parceiras engajadas, seja com programas de promoção, capacitação ou apoio financeiro e operacional à causa.

Foram apresentadas ainda outras iniciativas previstas para o primeiro semestre deste ano. Entre elas, a criação de um robô intitulado “Maria da Penha”. A ferramenta está sendo produzida pelo Laboratório de Inovação Tecnológica do TJCE, o Labluz, e funcionará como mais um canal de atendimento para vítimas.

O Judiciário estadual realiza campanhas para orientar os homens, como a distribuição de folders, conscientizando sobre o respeito e o cuidado com a mulher, além de explicar a importância das medidas protetivas. “Trabalhar o homem, autor da violência doméstica, por meio de ações de prevenção, é o primeiro passo e talvez o mais importante nesta luta”, ressaltou a presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher.