Neurocirurgião explica causas, sintomas e como prevenir AVC
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- 15-09-2015
A Divisão de Saúde Ocupacional do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) realizou, na manhã desta terça-feira (15/09), palestra sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC). A iniciativa do setor é promover palestras socioeducativas, buscando maior interação com os magistrados e servidores da Justiça estadual.
O palestrante foi o neurocirurgião Flávio Leitão Filho, médico do Instituto Doutor José Frota (IJF). De maneira didática e descontraída, ele comparou o cérebro humano ao sistema de irrigação de um jardim, onde as mangueiras são as artérias que nutrem a grama, que seriam os axônios (células do cérebro).
Flávio Leitão explicou a diferença entre AVC isquêmico, quando há obstrução de artéria que impede o fluxo sanguíneo; e o AVC hemorrágico, quando há rompimento de vaso cerebral, ocorrendo sangramento em algum ponto do cérebro.
De acordo com o médico, os dois casos podem ocorrer a partir do processo de envelhecimento ou de obstrução das artérias. “Isso pode acontecer por um processo fisiológico com todo mundo, mas pode ser acelerado por hábitos não saudáveis que a gente venha a desenvolver durante a nossa vida”, explicou. Ele acrescentou que, “se tivermos a consciência da necessidade de vida saudável, nós vamos conseguir retardar esse processo de envelhecimento”.
O neurocirurgião também falou que o AVC é um ataque súbito e os sintomas são, principalmente, a alteração do nível de consciência, cefaleia, convulsão e déficit motor ou sensitivo. Disse ainda que, quanto mais rápido for a identificação do acidente vascular cerebral, menores serão as sequelas.
Segundo pesquisa apresentada pelo médico, a doença pode matar e incapacitar as pessoas. É a segunda causa de óbito no mundo e a primeira no Brasil, sendo 85% dos casos de AVC isquêmico e 15% de hemorrágico.
Ao encerrar, o palestrante ressaltou que praticar exercícios físicos e ter hábitos saudáveis é importante para prevenir a enfermidade. Outra recomendação é exercitar o cérebro realizando atividades novas, pois a repetição não é benéfica ao órgão.