O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, que responde pela 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, negou liberdade para Francisco Jonathan Vasconcelos de Lima, preso em flagrante no último dia 21 de junho, com 190g de cocaína e vários explosivos e armamentos, entre eles, um fuzil AK47.
“Conforme tem reiteradamente decidido o Superior Tribunal de Justiça e já pacificado no Pretório Excelso [Supremo Tribunal Federal], condições subjetivas favoráveis, tais como a primariedade, residência fixa e trabalho lícito, por si sós, não obstam a custódia provisória, se há nos autos elementos hábeis a recomendar a sua manutenção, como se verifica no caso em apreço”, explicou.
Segundo o magistrado, a prisão do réu foi fundamentada em razão dos autos demonstrarem que ele faz parte de organização criminosa, coordenada para praticar ações delituosas, utilizando-se, inclusive, de explosivos com efeitos altamente devastadores. “A prisão cautelar demonstra-se devidamente alicerçada”, enfatizou.
Francisco Jonathan foi preso após investigações da Polícia Civil descobrirem que o grupo criminoso conhecido como “novo cangaço”, do qual o réu faz parte, planejava ações criminosas na cidade de Mulungu (a 104 km de Fortaleza). O réu e mais dois comparsas foram presos na entrada da cidade portando uma pistola de calibre 9 milímetros, além de muita munição.
Em depoimento à polícia, os réus apontaram o endereço onde estaria o restante do armamento. Chegando ao local, foram encontrados armamentos, munições e explosivos, entre eles, um fuzil AK 47, que o Jonathan confessou ser dele, além dos 190g de cocaína.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça dessa quinta-feira (13/10).