A primeira fase do Mutirão de Processos da Área da Saúde promoveu, em quatro dias, 613 audiências, das quais 364 resultaram em acordos (quase 59% de êxito). O evento, organizado pela Central de Conciliação do Fórum Clóvis Beviláqua, envolveu processos da Unimed Fortaleza.

Para a coordenadora da Central, juíza Jane Ruth Maia de Queiroga, o resultado foi positivo. Ela ressaltou o impacto social dos meios pacíficos de solução de conflitos. “Os processos envolvem questões não apenas financeiras, mas principalmente emocionais. Com o acordo, as partes conseguem se libertar das mágoas, superar o sofrimento”.

A magistrada destacou ainda a recepção especial que foi preparada para as partes, com distribuição de lanches, apresentação de vídeos e mensagens de paz. “As pessoas se sentiram acolhidas, bem tratadas, perceberam que toda a equipe estava disposta a ouvi-las. Isso fez toda a diferença”.

A participação voluntária de graduandos em Direito foi, de acordo com a juíza, outro aspecto fundamental para o sucesso da iniciativa. A aluna da Estácio/FIC, Tatiana Matos, considerou a experiência enriquecedora. “Nós manuseamos processos, usamos o sistema processual, atendemos as partes e os advogados. Em quatro dias, adquirimos mais conhecimento do que aprenderíamos em um ano, estudando apenas pelos livros”, avaliou.

O evento teve início nessa segunda-feira (16/04) e se encerrou no final da manhã desta quinta-feira (19/04). As próximas fases do Mutirão devem ocorrer ainda neste ano, contemplando outros planos de saúde.