A reintegração dos egressos do sistema prisional do Estado começou a ser discutida entre os membros do Mutirão Carcerário e a Prefeitura de Fortaleza. Nesta terça-feira (18/08), em reunião no Fórum Clóvis Beviláqua, o juiz federal e representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcelo Lobão, e a assessora da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Cynthia Studart, avaliaram possibilidades de reinserção social dos que cumprem pena em regime aberto, semi-aberto e de ex-detentos.
Do encontro, ficou acertado que todos os que forem beneficiados com o Alvará de Soltura neste mutirão serão cadastrados pelo Município. A ideia é que recebam benefícios já existentes, como os de transferência de renda e de acompanhamento de ex-detentos e de suas famílias.
Além disso, a assessora da Semas, Cynthia Studart, afirmou que ex-detentas poderão participar do Projeto de Inclusão Produtiva, em andamento na Prefeitura, que oferece qualificação profissional ? realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). ?Teremos 480 vagas para vários públicos, como pessoas em situação de rua, mães de crianças em condição de trabalho infantil e também mulheres egressas do sistema carcerário?, explicou.
Na avaliação do representante do CNJ, Marcelo Lobão, para promover a reintegração dos ex-detentos, é preciso que haja uma maior integração com as iniciativas da Prefeitura. ?Também há a necessidade de um aprofundamento da discussão para que os egressos do sistema prisional possam ser absorvidos pelo mercado de trabalho. Por isso, solicitamos uma reunião com a prefeita Luizianne Lins?, completou.
Também participaram da reunião o juiz corregedor Antônio Pádua da Silva e os membros do Mutirão Carcerário, David Pereira Cruz, e Luísa Cristina Pimentel Teixeira, que é representante do Tribunal de Justiça na coordenação do mutirão.