O Memorial do Poder Judiciário, localizado no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), recebeu a visita de integrantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado (IFCE). Durante o encontro, ocorrido nessa sexta (05/04), o desembargador Sérgio Luiz Arruda Parente, coordenador do espaço, e o professor José Solon Sales conversaram sobre acervo e possibilidade de parcerias, além de trocarem experiências na área.
De acordo com o desembargador, foi apresentada a forma de funcionamento, as peças existentes e a importância histórica para a Justiça e sociedade. “O acervo do jurista Clóvis Beviláqua aqui preservado já serviu de consulta para dois livros. Estou analisando o material, especialmente as cartas que ele escreveu à esposa, no sentido de promover ações com a finalidade de dar mais visibilidade ao nosso Memorial e ao jurista”, destacou.
Para o professor José Solon, curador do Memorial do IFCE, a visita tem o objetivo de implementar experiências positivas naquele espaço, que passou a funcionar em 30 de junho de 2017. “A troca de informações é importante para que trabalhemos cada vez melhor”.
Além disso, debateram a possibilidade de parceria, por meio da qual bolsistas do IFCE atuem no Memorial do Judiciário. Essa medida será levada à Presidência e analisada pela Consultoria Jurídica do TJCE.
O MEMORIAL DO TJCE
No espaço, localizado na sede do Tribunal, bairro Cambeba, em Fortaleza, há documentos, móveis, fotos e objetos de valor histórico, como o anteprojeto do Código Civil brasileiro elaborado pelo jurista cearense Clóvis Beviláqua em 1900 e aprovado em 1916. As explicações são feitas pelo servidor e historiador João Franklin.
VISITAÇÃO
O Memorial fica aberto à visitação pública e faz parte do roteiro das visitas guiadas ao TJCE, sob a responsabilidade da Assessoria de Cerimonial. As escolas e faculdades, públicas e particulares, interessadas em participar podem ligar para 85 – 3207.7052 (das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira).
Faz parte do programa “Justiça e Cidadania”, conjunto de ações como o “Conhecendo o Judiciário”, que tem a proposta de aproximar o Poder da sociedade. Somente em 2017 e 2018, 1.536 alunos, totalizando 50 visitas, estiveram na sede do Tribunal.
LIVROS
O material do jurista já rendeu dois livros: “De Clóvis para Amélia”, escrito por José Luís Lira, que reúne cartas escritas para a esposa; e “Clóvis Beviláqua: Um Senhor Brasileiro”, de Cássio Schubsky.