O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Junior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, manteve a prisão preventiva de Leandro Domingos Fernandes. Ele havia sido preso, junto com o réu Eduardo Augusto Alves e Silva, com 1.575 comprimidos de ecstasy no Aeroporto Internacional Pinto Martins, na Capital.
O magistrado indeferiu o pedido de relaxamento de prisão em razão da perda do objeto. Analisando a situação, o juiz observou que a ação penal instaurada contra o réu “já teve a sua instrução processual encerrada, estando na fase de apresentação dos memoriais”. Ainda segundo o juiz, “o encerramento da instrução supera a alegação de excesso de prazo para a formação da culpa”.
Consta nos autos (processos nº 0026844-83.2016.8.06.0001 e nº 0167089-81.2015.8.06) que a dupla era investigada por comércio de entorpecente em “raves”. A abordagem policial no aeroporto ocorreu no dia 22 de junho de 2015, por volta das 2h, quando Eduardo desembarcava e Leandro o recepcionava. Também foram apreendidos um carro, um celular e um notebook. Presos em flagrante, eles foram denunciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
No dia 25 daquele mês, o magistrado converteu a prisão em flagrante dos réus em preventivas para prevenir a reprodução do crime pelos acusados, “os quais parecem fazer da comercialização ilícita de drogas seus únicos meios de vida”. Destacou ainda que a medida foi para “preservar o meio social e a própria credibilidade da Justiça, em face da repercussão do tráfico nesta cidade” e “assegurar a prova processual”, evitando possíveis aliciamentos e ameaças às testemunhas”.