Autoridades do mundo jurídico e político, magistrados, familiares e amigos se despediram do desembargador Wilton Machado Carneiro na manhã desta sexta-feira (04/12). O funeral partiu do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), onde foi celebrada missa de corpo presente na Capela Nossa Senhora de Fátima. Em seguida, o magistrado foi levado em carro do Corpo de Bombeiros, para sepultamento no Cemitério Parque da Paz.
Aos 64 anos, Wilton Carneiro faleceu nesta quinta-feira (03/12) às 6h30, vítima de ataque cardíaco. O desembargador havia tomado posse no último dia 26 de novembro.
Antes de ser empossado, uma semana atrás, pelo critério de antiguidade, o magistrado já ocupava o cargo de desembargador interino no TJCE, desde o último dia 1º de agosto, substituindo o desembargador Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque, convocado para atuar como ministro interino do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em respeito à memória do desembargador, o presidente do TJCE, desembargador Ernani Barreira Porto, declarou luto oficial de três dias no Poder Judiciário cearense.
Perfil
O magistrado era filho de Júlio Carneiro da Silva e de Maria de Lourdes Machado Carneiro. Antes de ser nomeado para o cargo de desembargador, foi titular da 2ª Vara de Execuções Fiscais e Crimes Contra a Ordem Tributária de 1991 a 2009. Também já havia sido desembargador temporário no período de 2001 a 2003.
Wilton Carneiro teve acesso à magistratura cearense, como juiz substituto, no dia 1º de outubro de 1971, na Comarca de Boa Viagem. Atingiu a vitaliciedade em 2 de outubro de 1973.
Exerceu a magistratura de 1º Grau nas comarcas de Tianguá, Maranguape e Fortaleza, onde foi titular também da 10ª e da 19ª Vara Cível. Entre outros cargos, foi membro da 4ª Turma do Fórum das Turmas Recursais Professor Dolor Barreira; juiz auxiliar da Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua e da 3ª Vara Criminal e juiz eleitoral em todas as comarcas pelas quais passou, incluindo a 1ª Zona Eleitoral de Fortaleza.
Natural de Fortaleza, Wilton Carneiro era formado em Direito pela UFC (turma de 1968). Começou a prestar seus serviços para a Justiça antes disso, aos 16 anos, como escrevente do 1º Cartório Crime de Fortaleza.
Aos 18 anos, foi aprovado em concurso público para “Escrevente Compromissado” do Fórum Clóvis Beviláqua, correspondente ao atual cargo de analista-adjunto.
O magistrado era membro-nato do Instituto Cearense de Estudos Tributários e filiado ao Instituto dos Magistrados Brasileiros.