Justiça realiza audiência do processo que investiga morte de mulher encomendado por genro
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- 27-10-2015
O juiz Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho, titular da 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, realizou audiência de instrução na tarde desta quarta-feira (27/10), para oitiva de testemunhas de acusação do processo que investiga a morte de Maria das Graças, que teria sido encomendada pelo genro.
Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), Júlio César Menezes mantinha relacionamento com Maria das Graças. Em 20 de fevereiro deste ano, o casal se encontrou na rodoviária, em Fortaleza, sendo que a vítima foi pegar o réu no carro dela.
Júlio César entrou no veículo e pediu que ela parasse o carro atrás da rodoviária para que pudesse trocar de roupa. Na ocasião, ele passou para o banco de trás como se fosse trocar de roupa, mas retirou um arame do bolso, passou pelo pescoço dela e começou a enforcá-la.
Ele ainda pegou uma faca de mesa que estava no bolso e perfurou o pescoço da mulher. Conforme laudo juntado aos autos, a vítima faleceu em razão de asfixia mecânica associada a hemorragia por ferida na região cervical.
O acusado deixou o corpo em um terreno na BR 116, KM 23, no Município de Itaitinga. O carro foi abandonado nas proximidades da rodoviária de Canindé.
Ainda segundo a denúncia, Júlio César foi contratado pelo valor de R$ 4 mil por José Walter dos Santos Morais, genro da vítima, para praticar o crime, tendo recebido antecipadamente R$ 2 mil.
A motivação de José Walter, que estava passando por dificuldades financeiras, seria porque, com a morte da sogra, a esposa dele passaria a ser beneficiária de seguros deixados pela vítima, bem como partilha de bem da herança de Maria das Graças e do falecido esposo.
Também consta nos autos (nº 0028445-61.2015.8.6.0001) quatro boletins de ocorrência relatando divergências da vítima com José Walter. Além disso, dias antes do fato, Júlio César teria mantido contatos telefônicos com José Walter. Os acusados foram presos no dia 28 de fevereiro deste ano.
José Walter e Júlio César estão respondendo por homicídio qualificado mediante promessa de recompensa, motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles estão presos na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto – CPPL III.