Justiça ouve testemunhas de acusação do processo que investiga morte de empresário
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- 29-10-2015
O juiz Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho, titular da 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, realizou audiência de instrução na tarde desta quinta-feira (29/10), para ouvir testemunhas de acusação do caso que investiga a morte do empresário Antônio Rivadário Teixeira. O crime teve a suposta participação da ex-mulher Claudenia da Silva Rodrigues e do namorado Thiago de Almeida Gomes.
Eles respondem por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) com concurso de pessoas e agravante de ter sido cometido contra cônjuge.
Consta nos autos (nº 0042144-22.2015.8.06.0001) que o crime ocorreu no dia 28 de março deste ano, no apartamento onde a vítima morava, localizado no condomínio Jardim Opáia, no bairro Vila União, em Fortaleza. Antônio Rivadário e Claudenia eram casados, mas estavam separados.
Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), Claudenia facilitou o acesso do namorado ao local do crime, deixando a porta destrancada no momento em que Rividário estaria só.
Thiago entrou no apartamento e desferiu várias facadas na vítima, que foi surpreendida enquanto estava no quarto. Ele sofreu lesões nos dois pulmões, coração, braço esquerdo e coxa esquerda, não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Claudenia chegou ao local do crime dirigindo um automóvel e Tiago a seguia em motocicleta, conforme imagens captadas por câmeras ao longo da avenida Luciano Carneiro. Os acusados foram filmados entrando e saindo do local no mesmo horário.
Além disso, eles providenciaram uniforme da empresa da vítima para que Tiago pudesse ingressar com facilidade no condomínio, tendo o cuidado de não retirar o capacete para não ser reconhecido. Ainda segundo o MP, Claudenia devia dinheiro ao pai de Thiago, mas estava com dificuldades de realizar o pagamento. A motivação do crime foi de natureza financeira e afetiva.
Os dois foram presos em abril deste ano, e tiveram decretada a prisão temporária.
MANTIDA PRISÃO
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou pedido de liberdade para Claudenia da Silva Rodrigues durante sessão nessa terça-feira (27/10). A defesa dela interpôs habeas corpus requerendo a revogação da prisão preventiva alegando inexistência de motivos para permanecer presa.
Segundo o relator do processo, desembargador Francisco Gomes de Moura, a gravidade do caso ficou demostrada na denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE). “A gravidade do caso concretamente considerado, demonstrada na denúncia, não apenas permite, mas recomenda a manutenção da prisão provisória da paciente, uma vez que dela resulta a percepção da periculosidade da acusada.”