Justiça manda retomar as obras do Metrofor
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- 09-07-2009
09.07.2009 Economia Pág.: 11
Terezinha Fernandes Da Redação
As obras do metrô de Fortaleza deverão ser retomadas imediatamente, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil se o Consórcio Queiroz Galvão/Camargo Corrêa, responsável pela construção, não acatar a decisão expedida ontem pelo juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública, Carlos Augusto Gomes Corrêa. Segundo o titular da Seinfra (Secretaria da Infraestrutura do Estado), Adail Fontenele, o retorno aos trabalhos após uma semana de paralisação não vai comprometer o calendário inicial. ?Era melhor que não tivesse acontecido, mas não é uma semana que vai atrapalhar o calendário estabelecido. Vamos tentar compensar?, ressaltou.
O secretário lembrou que o Governo tem colocado todos os esforços para que as obras do metrô sejam concluídas até o final de 2010. Além disso, Fontenele anunciou algumas obras rodoviárias que serão feitas na cidade. ?A cidade precisa de uma obra estruturante na avenida Expressa com ou sem Copa?, destacou. O trecho que hoje segue a Beira Mar e acaba na avenida Rui Barbosa, deverá cruzar a BR 116, a avenida do Canal e chegar até a Marinha. Os trilhos da já desativada Estação do Otávio Bonfim serão substituídos por um trecho da avenida Expressa. No trecho que cruza a avenida Jovita Feitosa, será construído um viaduto para facilitar o tráfego.
Outra obra prevista é a continuação da avenida Carlos Jereissati até a avenida Expedicionários para facilitar o tráfego de quem passa pelo aeroporto. A obra deverá custar R$ 12 milhões e a licitação está prevista para sair até o início do mês de agosto. O principal entrave, segundo o secretário, é a permissão da Infraero para utilizar uma área próxima ao aeroporto a fim de evitar as desapropriações das famílias que moram no local. ?O Governo está se entendendo com a Infraero para decidir o melhor local. Se arrumarmos onde colocar a estrada, licitamos amanhã mesmo?, brincou.
» Infraestrutura ferroviária. O secretário lembrou que além da retomada das obras, o Governo está trabalhando em outras obras de infraestrutura ferroviária para viabilizar a existência do metrô. O rebaixamento na Estação da Parangaba em 3,5 metros em relação ao nível da rua custará R$ 794 mil com recursos do Governo do Estado e deverá ser concluído até meados de agosto. No espaço também será desenvolvida uma área de lazer.
Além disso, será construído um viaduto ligando a Padre Cícero à avenida José Bastos, a estrutura do Lord Hotel será reforçada e o trecho ferroviário que liga as estações da Lagoinha e João Felipe também será completamente re-estruturado. O local onde hoje se encontra o Beco da Poeira precisará ser desapropriado para a passagem do metrô. Os comerciantes deverão ser transferidos até o final de agosto para o prédio da antiga fábrica de tecidos Tomás Pompeu localizado na avenida do Imperador.
Os trens da linha Oeste do metrô, segundo Fontenele, deverão ser inicialmente a diesel e, posteriormente, poderão ser trocados por unidades elétricas, se houver viabilidade financeira. ?Se forem viabilizados recursos, poderemos sim utilizar trens elétricos, mas as pessoas não podem esperar até a Copa?, explicou. O secretário acrescentou que o custo poderia superar em dez vezes os R$ 80 milhões previstos se fossem utilizados os trens elétricos.
Outro trecho que deverá ser revitalizado é a linha ferroviária que liga a estação de Parangaba ao porto do Mucuripe, o qual receberá trens a diesel ou elétricos de acordo com o orçamento angariado para a obra, ressaltou Fontenele. O valor mínimo previsto é de R$ 250 milhões. Além de ligar o porto à estação, será construído um trecho contornando os limites do Aeroporto Internacional Pinto Martins para chegar ao Castelão. ?Aquela região do estádio vai sofrer uma re-estruturação. Essa obra só vai acontecer por causa da Copa do Mundo?, ressaltou o secretário.