Justiça inocenta delegado Roberto de Castro e mais dois no Caso Ana Bruna
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- 14-04-2011
13.04.2011
A Justiça do Ceará inocentou o delegado Roberto de Castro, o comerciante João Batista Machado Portela e o soldado PM Lúcio Antonio de Castro Gomes no processo que apura a morte da adolescente Ana Bruna de Queiroz Braga, vítima de pistolagem no dia 13 de abril de 2007, há exatos quatro anos.
O delegado era acusado de ter passado dados sobre a adolescente, o comerciante de ser o mandante e o soldado de tramar o crime na companhia de outros PMs. Todos foram inocentados por falta de provas.
O comerciante João Batista já havia sido retirado do processo, diante do seu assassinato, em novembro de 2009, no interior de um mercadinho no Conjunto José Walter. Agora a Justiça comprovou o erro no indiciamento do comerciante.
Entenda o caso
Ana Bruna era companheira do pistoleiro e ex-PM Ademir Mendes de Paula, que havia executado o comerciante Walter Portela, irmão de João Batista.
Segundo inquérito policial, Ana Bruna decidiu denunciar um esquema de grupo de extermínio, dentro do aparelho da Segurança Pública do Estado, após acreditar que o seu companheiro havia sido morto, dias antes, como queima de arquivo.
Ao revelar nomes de policiais para o Departamento de Inteligência Policial (DIP), a adolescente passou a receber ameaças, mas nunca entrou no programa de proteção à testemunha.
No dia 13 de abril de 2007, foi assassinada por José Veridiano Fernandes Nogueira, no bairro Aerolândia, quando foi atender a uma ligação no telefone público na rua Djalma Petit.
Ao ser baleado e preso, de acordo com o inquérito policial, Veridiano disse que havia executado a adolescente, como forma de pagar um favor a um policial militar, que matou o assassino de seu irmão.