O juiz Flavio Vinicius Bastos Sousa, titular da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas do Fórum Clóvis Beviláqua, condenou André Luiz Marques dos Santos a seis anos de reclusão por tráfico de drogas. Ele deverá cumprir a pena em regime inicialmente fechado. A decisão foi publicada no Diário da Justiça da última sexta-feira, dia 8.
”Entendo que restou esclarecido que as drogas apreendidas seriam destinadas a comercialização, uma vez que, além de no local haver sido encontrado material próprio para embalagem de drogas (300 saquinhos de dindin), o acusado afirmou aos agentes, durante a diligência, que vendia drogas e, em Juízo, que venderia os entorpecentes se alguém lhe pedisse, embora negue ser traficante”, afirmou o magistrado.
Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MP/CE), no dia 4 de dezembro de 2015, policiais militares receberam informação do 17º Distrito Policial de que um homem que havia matado um rapaz no dia anterior estaria possivelmente escondido em uma casa na Travessa Celina Silva, na Favela do Sossego, no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza.
Os policiais se dirigiram ao local, de propriedade do acusado, onde encontraram 42 gramas de maconha, dois gramas de crack devidamente embalados, além de diversos celulares, 300 sacos plásticos e R$ 22 reais sendo R$ 12 em moedas. André Luiz Marques foi preso em flagrante.
No interrogatório, o acusado negou o tráfico de drogas. Disse que a droga seria para consumo próprio, mas se aparecesse alguém para usar com ele, ele venderia a droga.
Ao analisar o caso (0073414-64.2015.8.06.0001), o magistrado explicou que ”apesar de negar a autoria do delito, o réu, mesmo que inconscientemente, findou por confessar que traficava, quando afirmou que vendia drogas se aparecesse alguém para consumir com ele. Ou seja, o próprio réu declarou que os entorpecentes apreendidos em sua residência não se destinavam apenas ao seu próprio consumo, mas também de terceiros que frequentavam sua residência”.