Justiça cearense vai ganhar museu com reforma do antigo tribunal da rua Barão do R.Branco
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- 05-10-2009
03.10.09
O centro de Fortaleza vai ganhar mais um espaço cultural, que ajudará na requalificação daquela área. Com o objetivo de preservar a memória do Judiciário cearense e homenagear os 150 anos do jurista cearense Clóvis Beviláqua (foto 1), o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/Ce) e a Associação Cearense de Magistrados (ACM) firmaram acordo para a criação do Museu do Judiciário do Ceará.
A ideia para a criação do equipamento é do desembargador Ademar Mendes Bezerra, que é um grande apreciador da história jurídica do Ceará e do presidente do TJCE, Ernani Barreira Porto. Para Bezerra avalia que o museu vai resgatar “uma memória que não pode ser perdida”.
O museu, a ser inaugurado no encerramento das comemorações dos 150 anos de Clóvis Beviláqua no meados do próximo ano, vai funcionar no antigo prédio do Palácio da Justiça, localizado na Rua Barão do Rio Branco, nº 1200. No local, funcionam o Juizado da Infância e da Juventude, o Juizado Móvel, a perícia do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a 10ª unidade da Promotoria e o arquivo dos antigos cartórios.
O prédio será todo reformado e sua fachada vai ser restaurada (foto 2), para que fique igual ao projeto original que tinha arquitetura neoclássica. Na obra de reforma do casarão e implantação do museu serão gastos R$ 4 milhões. Os recursos vão ser obtidos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. As obras devem ter início no mês de outubro e vão durar dez meses.
Quem visitar o museu poderá encontrar processos dos anos 1930, 1940 e 1950, jornais antigos relativos ao Judiciário e o plenário do TJ da década de 1930. Também poderão ser vistos retratos pintados a óleo de vários desembargadores e objetos antigos, como Urnas em Madeira do Tribunal Popular do Júri de 1834, Projeto do Código Civil Brasileiro de Clóvis Beviláqua de 1917, entre outros.
Mausoléu de Clóvis Bevilaqua
Falecido em 26 de julho de 1944, Clóvis Beviláqua, será homenageado com a construção de um mausoléu dentro do museu. Os restos mortais de sua esposa também devem ir para o local. A família do jurista ainda terá que concordar com a mudança dos corpos.
Para o professor do Departamento de Historia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Regis Lopes, um museu como esse será importante, pois faz uma relação do passado com o presente.
O historiador e professor também explicou que o museu possibilitará que a sociedade acompanhe as mudanças sofridas ao longo dos anos.