Júri condena assassino do advogado
- 850 Visualizações
- 27-04-2009
25.04.2009 Polícia
Dois dos quatro acusados de envolvimento na morte do advogado criminalista Murilo Muniz Chaves foram julgados ontem, no Fórum Clóvis Beviláqua. O júri popular foi formado por seis mulheres e um homem. A audiência durou cerca de nove horas e, no final, o réu José Rafael da Silva, apontado como o homem que atirou contra o advogado, foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.
Já o segundo réu julgado, o mototaxista Antônio Gerlânio de Lima, o ´Gê´, recebeu uma pena de nove anos de prisão, por ter dado fuga ao atirador. O terceiro homem que deveria ter ido a julgamento, José Fábio de Castro Moura, o ´Boca Mole´, deverá ser julgado noutra oportunidade, pois seu advogado de defesa não compareceu ao fórum e alegou doença. A sessão foi presidida pelo juiz de Direito, Jucid Peixoto do Amaral.
O promotor titular da 5ª Vara do Júri, Luiz Alcântara Costa Andrade, considerou razoável o prazo de dois anos e um mês após o crime para acontecer o julgamento. ?Diante da complexidade do fato consideramos razoável o prazo para a formação de culpa?, disse.
A tese sustentada pela promotoria foi a de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima. ?As qualificadoras são um detalhe importante porque o crime passa a ter uma pena de 12 a 30 anos?, explicou.
Sobre o fato de a vítima ser um advogado criminalista, o representante do Ministério Público destacou que não há diferença no tratamento do caso. ?A vida é um direito protegido universalmente, independente de cor, raça, sexo, condição, classe social, profissão ou qualquer outro fator?, defendeu.
O quarto acusado de participação na morte do advogado, Antônio Marcos da Silva, o ´Marquinhos´, entrou com recurso contra a sentença de pronúncia (ato de ser levado a júri popular) e o caso está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJCE).
Premeditado
O advogado foi assassinado, com vários tiros de pistola de calibre nove milímetros, na tarde de 30 de março de 2007. Até hoje, nem a Polícia nem a Justiça conseguiram esclarecer a verdadeira causa do crime. Murilo foi atraído para o local da emboscada.
Segundo os autos, no dia anterior ele recebeu um telefonema de Rafael, que pedia para que o advogado fosse ao seu encontro no dia seguinte, na Avenida Perimetral.