Julgamento de ex-capitão da PM acusado de matar irmãos em Iguatu é remarcado para 7 de dezembro
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- 29-11-2011
O julgamento do ex-capitão da Polícia Militar do Ceará, Daniel Gomes Bezerra, que seria realizado nesta terça-feira (29/11), foi remarcado para o próximo dia 7. Ele responde ao processo sob acusação do assassinato dos irmãos estudantes de Medicina, Marcelo e Leonardo Moreno Teixeira, em Iguatu, a 384 km de Fortaleza.
O adiamento foi motivado pela ausência do tenente-coronel da PM, Geovanni Alcoforado, indicado pela defesa do réu como testemunha imprescindível. O policial apresentou atestado médico, informando estar hospitalizado no Município de Russas e, devido à enfermidade, impossibilitado de exercer as atividades por três dias.
A juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, titular da 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, acolheu o pedido da acusação, representada pelo promotor de Justiça Francisco Marques Lima e pelo advogado Paulo Quezado, determinando que sejam prestadas informações acerca do estado de saúde da testemunha, de modo a apurar a idoneidade do atestado médico apresentado. A defesa é patrocinada pelo advogado Delano Cruz.
O CASO
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP) do Estado, as vítimas foram assassinadas na madrugada de 17 de março de 2007, em uma churrascaria. Segundo testemunhas, Marcelo foi urinar próximo ao carro de Daniel Gomes, onde a enteada do policial estava dormindo.
A acusação afirma que, ao ver a cena, o PM foi tomar satisfações e atirou no abdome do estudante. Leonardo saiu em defesa do irmão e também foi atingido no abdome. As vítimas foram socorridas, mas não resistiram e vieram a falecer.
No mesmo dia, o acusado se apresentou à Delegacia de Jaguaribe e confessou o duplo homicídio, alegando legítima defesa. Afirmou que a arma usada foi tomada de um dos universitários e que atirou apenas para se defender das agressões dos estudantes.
Em 18 de março do mesmo ano foi pedida a prisão preventiva dele. Desde então, Daniel Gomes Bezerra se encontra preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar, na Capital. Em maio de 2010, após procedimento administrativo, foi demitido das funções da PM.