Juízes que concluíram V Curso de Formação Inicial de Magistrados recebem certificado da Esmec
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- 04-09-2017
A Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec) entregou os certificados de conclusão do V Curso de Formação Inicial de Magistrados aos 58 juízes participantes. A solenidade ocorreu na noite da sexta-feira (1º/09), no auditório da instituição, e contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Gladyson Pontes, que falou dos desafios enfrentados na carreira.
“A atividade do juiz é solitária e intimista. Ele sofre com a ansiedade do bem decidir, para fazer justiça. Sofre incompreensões de toda ordem, mas tem que levar à frente sua vocação. A magistratura é um sacerdócio. O juiz renuncia à comodidade em benefício do semelhante”, salientou.
Para o diretor da Esmec, desembargador Heráclito Vieira de Sousa Neto, a conclusão do curso, obrigatório para o processo de vitaliciamento dos juízes aprovados no último concurso do Judiciário cearense, era a principal missão à frente da instituição.
“A sensação é de dever cumprido. Conseguimos levar a cabo a tarefa que nos foi dada, obedecendo às recomendações e exigências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), e levantamos reflexões sobre o verdadeiro papel do juiz”, explicou.
A juíza Rosilene Ferreira Tabosa Facundo, titular da 4ª Vara Criminal de Fortaleza, recebeu do diretor da Esmec o certificado em nome dos demais formadores. Em seguida, proferiu discurso representando os docentes e destacou a importância da troca de experiências durante a capacitação. “Esperamos que as expectativas dos formandos tenham encontrado respostas satisfatórias, e que esse Curso de Formação tenha sido apenas o início de muitos outros encontros”, afirmou.
Já a juíza Bruna dos Santos Costa, da Comarca de Graça, recebeu, das mãos do presidente do TJCE, certificado de conclusão do V Curso de Formação, representando os demais formandos. Depois falou em nome da turma.
A magistrada relembrou as etapas vencidas pelos colegas até a aprovação no concurso e falou sobre os conhecimentos adquiridos durante a capacitação. “Descobrimos que ser juiz é muito mais do que conhecer a lei. É preciso sensibilidade para ver além dos autos. Foi magnífico. Entramos aspirantes a juízes e saímos juízes”, destacou.
Ainda em nome dos 58 concludentes, Bruna dos Santos entregou placa ao desembargador Heráclito Vieira, em agradecimento pelo tratamento que a Esmec dispensou aos juízes substitutos durante a realização do curso.
Além dos magistrados que discursaram, compuseram a mesa de honra o desembargador Francisco Gomes de Moura, integrante da 2ª Câmara de Direito Privado do TJCE, o juiz Ângelo Bianco Vettorazzi, coordenador-geral da Esmec, e o juiz Ricardo Alexandre da Silva Costa, presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM).
LANÇAMENTO DA THEMIS
Coube ao coordenador-geral da Esmec a apresentação da nova edição da Revista Themis (volume 15.1), periódico científico da instituição. O juiz Ângelo Vettorazzi lembrou que a Themis chega, em 2017, ao seu vigésimo ano de criação. Ele ressaltou que a publicação voltou a ser semestral e vem adotando todas as medidas necessárias para a obtenção do Qualis, o selo de qualidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).
O periódico também, este ano, aperfeiçoou as regras de submissão de artigos e vem tendo uma participação importante de articulistas de outros estados do Brasil e até do exterior, o que garante um grau de exogenia muito significativo para que a Revista possa ter uma boa posição no Qualis.
O volume 15.1 da Themis está disponível no site da Revista e no Portal Esmec.
ARQUIVO NIREZ
Ainda durante a solenidade, foi lançado o “Arquivo Nirez”, exposição de fotos e objetos que compõem o arquivo do jornalista e pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo (Nirez). São 60 reproduções de fotos da cidade de Fortaleza (prédios, praças e outros logradouros) do início do século passado e 34 objetos, a maior parte relacionada à área da comunicação (gramofones que ainda funcionam, aparelhos telefônicos, rádios, microfones, máquina fotográfica, máquina de datilografia, moviola etc.), além de discos de cera (gravações em 78 rotações).
Além das fotos e dos objetos expostos, o público apreciou músicas brasileiras antigas, a partir da reprodução de gravações do programa Arquivo de Cera, que Nirez apresenta na Rádio Universitária.
O desembargador Gladyson Pontes conheceu todo o acervo e ouviu uma música de um disco de cera, reproduzida por um Gramofone Victor (fabricado em Nova Jersey – EUA, em 1903), ao lado de Nirez e do desembargador Francisco Gomes de Moura. O presidente destacou a valiosa coletânea, que a Escola abre à visitação pública.
“É importante que o Judiciário se envolva nas coisas da cidade e a cultura faz parte da nossa vida. Fiquei simplesmente deslumbrado porque vi obras que eu conheci ainda em pé e hoje só as fotografias me rememoraram o passado, muito bonito, uma riqueza”, descreveu.
A exposição estará aberta ao público até 31 de outubro de 2017, no horário das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, no pátio interno da Esmec (rua Ramires Maranhão do Vale, nº 70, bairro Água Fria). Informações pelo telefone (85) 3218.6188 ou e-mail esmec@tjce.jus.br.