Juízes mudam o voto e evitam cassação de André Figueiredo
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- 01-02-2011
01.02.2011
O juiz Cid Marconi votou contra a cassação, e foi acompanhado por outros dois magistrados, que mudaram o voto na sessão desta segunda-feira
Figueiredo é acusado de suposta compra de votos nas eleições de 2006 (Foto: Arquivo)
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu, em sessão extraordinária realizada na noite desta segunda-feira (31), por 3 votos a dois, não cassar o diploma do deputado federal André Figueiredo, atual presidente estadual do PDT, por suposta compra de votos nas eleições de 2006.
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A sessão anterior acabou com quatro votos a favor da cassação, mas a decisão final havia sido adiada por um pedido de vistas do processo encaminhado pelo juiz Cid Marconi, que terminou por votar contra a cassação. Se terminasse assim, a soma de votos a favor da pena seria vencedora e por 4 a 1 André Figueiredo seria cassado.
Virada no placar
No entanto, o resultado final foi alterado, pois na reunião desta segunda-feira, dois votoss foram mudados, beneficiando o parlamentar do PDT. Os juízes Luciano Lima e Raimundo Nonato Silva, que antes haviam concordado com a cassação, agora optaram por inverter a decisão, virando o placar para 3 a 2. O comunicado sobre a mudança nos votos ocorreu antes que Cid Marconi pronunciasse o sua decisão.
O procurador eleitoral Alexander Sales informou que o Ministério Público Eleitoral irá recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Ao falar sobre a decisão, o procurador citou uma música do grupo Legião Urbana: ?Já não me preocupo se eu não sei por que / Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê?.
O juiz Cid Marconi disse ainda que foi ameaçado em mensagens de celular, caso o prazo para o deferimento do voto, que expirava nesta segunda. O magistrado informou que tem o número de origem das mensagens e que vai pedir uma investigação.
Com informações da repórter Juliana Brito