O Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Fortaleza promoveu, nesta quinta-feira (25/08), audiência com as pessoas encaminhadas pela unidade judiciária ao Alcoólicos Anônimos (AA) e que não estão comparecendo às atividades do grupo. Durante a sessão, os participantes do AA que estão cumprindo o cronograma deram depoimentos.
Eles ressaltaram a mudança de comportamento depois de ingressar no programa. O comerciante F.J.R., sóbrio há seis meses, afirmou que faz questão de comparecer todos os meses à sede do Juizado da Mulher para entregar o relatório com a frequência.
Ele contou que o alcoolismo foi crescente e degenerou as relações com a família. ?Não admitia que era alcoólatra e passei a maltratar e a desrespeitar a minha esposa, até que ela me denunciou. No Juizado fui apresentando ao AA?.
F.J.R. disse que a convivência familiar melhorou depois de ter saído do fundo do poço. ?Costumo dizer que a mudança na minha vida é como se antes eu andasse no escuro e hoje estou no claro?.
Por meio da parceria com o grupo, o Juizado promove palestras interativas com réus presos provisórios que estejam em falta com o programa. ?A permanência não é obrigatória e alguns desistem do programa. Por isso, a importância dessas audiências para sensibilizá-los a permanecer, o que reduz uma série de problemas, principalmente de violência domiciliar?, destacou a juíza Rosa Mendonça.
Conforme a magistrada, o índice de acusados de crimes contra a mulher, envolvidos com álcool e drogas, é muito grande, justificando a necessidade de manter essas pessoas envolvidas nos programas. ?A parceria com o AA de vários bairros da Capital tem dado muito certo e esses encontros prestigiam àquelas pessoas que permanecem e incentiva os faltosos, mostrando que eles também podem conseguir?.