Juizado da Mulher promove ações psicoeducativas durante pré-Carnaval de Fortaleza
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- 20-02-2017
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza promoverá, nesta quarta-feira (22/02), das 14h às 17h, mais uma ação psicoeducativa. A atividade, que já é tradicional durante o pré-Carnaval, ocorrerá no Shopping Rio Mar, no bairro Papicu, onde serão distribuídos panfletos com orientações sobre a Lei Maria da Penha.
De acordo com a juíza Rosa Mendonça, titular da unidade, essas campanhas educativas fazem parte de um calendário anual de atividades. Ela informa que nesse período do ano “ocorre um aumento nos casos de agressões contra as mulheres, especialmente com uso abusivo de álcool e outras drogas”. A magistrada ainda ressalta que a “finalidade maior é alertar a sociedade em geral de que a violência doméstica e familiar é algo grave e deve ser banida do seio das famílias”.
Na noite da última sexta-feira (17/02), uma equipe do Juizado da Mulher esteve na Praça do Ferreira, no Centro da Capital, durante apresentação do bloco Luxo da Aldeia. A assistente social Jordianne Guedes, que também é cantora e compositora, aproveitou a apresentação musical para alertar o público sobre a importância de combater a violência doméstica.
“Temos um pré-Carnaval efervescente em Fortaleza. Nada mais oportuno do que trazer para esse momento de descontração algumas reflexões porque na brincadeira, infelizmente, essa violência também acontece. A mulher precisa ser respeitada. Lá no Juizado a gente faz um trabalho de reflexão e empoderamento, para que ela rompa com esse ciclo. E se você sabe que uma mulher está sofrendo violência, você também tem obrigação de denunciar, pode ligar para o Disque 180”, esclarece a assistente social.
PANFLETAGEM
Durante o pré-Carnaval, a estagiária de serviço social do Juizado da Mulher, Juliana Monteiro, fez panfletagem e tirou dúvidas do público sobre a Lei Maria da Penha. A universitária Emilly Benevenuto elogiou a iniciativa. “Essa campanha é importante para conscientizar as próprias mulheres da violência, que não é só física, é também psicológica, moral, sexual, material. Muitas mulheres são submetidas a isso e sequer sabem. Então é necessário conscientizar para que se elas possam denunciar seus agressores”, defendeu.
A professora Aparecida Alencar acredita que é preciso conscientizar os jovens para que a situação seja diferente no futuro. “Os relacionamentos hoje em dia são muito possessivos. As pessoas acham que são donas umas das outras. Mas a medida em que é enfatizado e trabalhado o assunto, a tendência é essa violência acabar”, defende.
A gerente de pós-venda Hyandra do Vale também apoiou a iniciativa. “A mulher não deve permitir nenhum tipo de violência nem ficar omissa se for vítima, pelo contrário, ela deve chegar para as autoridades e reclamar, até porque isso incentiva as outras. Por isso a campanha é tão importante”.
A assistente social Tamires Rodrigues destacou a importância da discussão do assunto durante o evento. “Esse é o momento certo para trabalhar a questão da violência contra a mulher, principalmente no nosso Estado, que é até hoje muito machista. É inadmissível vermos tantas mulheres em relações afetivas que machucam, em que elas se sintam inferiores aos homens”, salientou.
SERVIÇO
Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
Endereço: Avenida da Universidade, 3281. Benfica
Telefone: (85) 34338785
E-mail: juizadomulherfortaleza@tjce.jus.br