10.05.09
Fortaleza Pág.10
O juiz Lúcio Alves Cavalcante, da 1ª Vara da Comarca de Crateús, a 401 quilômetros de Fortaleza, sofreu um atendo à bala na noite da última sexta-feira, 8, segundo consta no relatório do Comando de Policiamento do Interior (CPI). O atentado ocorreu por volta das 23 horas, na avenida Sargento Hermínio, bairro Venâncios. De acordo com o boletim policial, os acusados eram ocupantes de um Corolla de cor prata, que teriam atirado contra a camioneta L-200 dirigida pelo magistrado depois de uma perseguição. Ninguém saiu ferido.
Conforme o relatório do CPI, o juiz Lúcio Alves, logo após o acontecido, acionou a Policia Militar. Momentos depois duas viaturas, compostas pelo cabo Lins e pelos soldados Elison e Aguiar, compareceram ao local do atentado, próximo ao prédio do Conselho Regional de Educação (Crede-13). Segundo consta no documento, os PMs encontraram o juiz com sintomas de embriaguez. Além dele, na camioneta estavam um defensor público (nome não revelado no documento) e duas mulheres, também não identificadas.
Os PMs informaram ainda que o juiz transportava no carro uma arma de calibre 12 e uma pistola, enquanto o defensor público trazia na cintura um revólver de calibre 38. O relatório do CPI adianta também que o magistrado solicitou que os PMs o escoltasse até sua residência, enquanto os outros policiais seguissem para o Bar do 13, na periferia de Crateús, para tentar identificar os autores dos disparos. Foram feitas várias diligências na área, porém ninguém foi preso.
O POVO entrou em contato com a delegacia de Crateús. O inspetor Gadelha informou que até o meio-dia de ontem não havia registro da ocorrência. ?Tomei conhecimento do caso, hoje (ontem) pela manhã, por meio de comentários nas ruas?, disse. O juiz não foi localizado pelo O POVO.