23.02.2011 Polícia
A cadeia não tem mais condições de abrigar detentos. A solução do juiz foi soltar aqueles de bom comportamento
Tianguá O juiz titular desta Comarca (a 310Km de Fortaleza) decidiu amenizar o problema de superlotação da cadeia pública da cidade, colocando em liberdade cerca de 19 presos que aguardavam julgamento. De acordo com o magistrado, Fernando Antônio Pacheco carvalho Filho, os alvarás de soltura estão sendo entregues àqueles detentos que apresentam um bom comportamento.
Desde a última sexta-feira (18) presos que cumprem pena por furto, roubo, homicídio e até latrocínio (roubo seguido de morte) vêm recebendo o benefício por parte do juiz da Vara de Execuções Penais. Dois deles, considerados bastante perigosos e que, segundo informações sigilosas, estavam preparando uma rebelião para o período do Carnaval, foram transferidos para a Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS).
Transferência
Os presos Isac José da Silva, que responde por tráfico de drogas; e Fernando Rocha Rodrigues, conhecido por ´Novinho´, indiciado por assalto à mão armada, foram encaminhados na manhã de ontem para Sobral.
Atualmente, a cadeia pública local abriga 93 detentos nos regimes fechado e semiaberto. De acordo com a direção da unidade, o presídio só tem capacidade para 40 presos. Até a tarde de ontem 62 presos cumpriam prisão no regime fechado.
O juiz Fernando Antônio Pacheco esclareceu que os presos não estão sendo soltos por conta das ameaças de rebelião. Ele adiantou que existe uma portaria da Coordenação Geral da Justiça, determinando que, aqueles presos que não tiveram seus processos analisados até o dia 25 último, sejam colocados em liberdade. A portaria a que se refere o magistrado da Comarca de Tianguá foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico no último dia 9, assinada pela corregedora geral da Justiça, desembargadora Edite Bringel. Determina que os magistrados, titulares, substitutos ou respondendo nas comarcas, inclusive de Fortaleza (varas Criminais, do Júri e de Delitos do Tráfico), serão responsáveis pela análise das ações judiciais de presos provisórios ou condenados que estejam sob suas jurisdições.
WILSON GOMES
COLABORADOR