22.06.2009 Fortaleza Pág.: 05
Flávio Pinto da Redação
O juiz Jucid Peixoto do Amaral, da 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, inicia às 9 horas a audiência de instrução para serem ouvidas as testemunhas e réus sobre a morte do universitário Antônio Neilton Farias de Abreu. O estudante foi assassinado durante troca de tiros entre policiais militares e assaltantes, que haviam tomado de assalto uma van da linha 6, no dia 12 de junho de 2007.
São réus no processo o policial militar Francisco das Chagas Tenório; e os assaltantes Fábio Sousa Lima, Francisco Daniel Duarte e Lydenyson Machado de Sousa. O policial foi incluído no inquérito como tendo efetuado o disparo que atingiu a cabeça da vítima, sendo indiciado por homicídio simples. Já os assaltantes respondem pelo delito de roubo qualificado.
Segundo a denúncia, o universitário Antônio Neilton foi baleado depois que a van em que estava foi tomada de assalto na avenida Antônio Sales, nas proximidades da Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres.
Enquanto iam roubando os passageiros, os criminosos obrigaram o condutor a desviar o veículo de sua rota. O fato foi observado pelo condutor de outra van que avisou à Polícia, iniciando uma perseguição.
Como os assaltantes fizeram os passageiros de escudo humano, dois dos policiais jogaram as motos no caminho do veículo assaltado, provocando uma colisão. Foi nesse momento que se iniciou a troca de tiros, fatal para o universitário Neilton de Abreu.
Defesa
O advogado Carlos Eduardo de Almeida Aires, responsável pela defesa do policial Francisco Tenório, contesta o laudo da perícia e alega estrito cumprimento do dever legal para solicitar a absolvição sumária do réu.
O defensor público Luís Eduardo Girão Mota fará a defesa de Lydenyson Machado de Sousa e de Francisco Daniel Duarte; já o advogado Mauro Escócio defenderá Fábio Sousa Lima. A acusação será comandada pelo promotor de Justiça, Luiz Alcântara. Após o encerramento da fase de instrução, o juiz Jucid Peixoto decidirá se encaminha os réus a julgamento.