Juiz condena acusados de matar comerciante no Município de Guaiúba
- 2237 Visualizações
- 22-07-2016
O juiz David Ribeiro de Sousa Belém, respondendo pela Vara Única de Guaiúba, condenou Francisco de Paulo Nóbrega Júnior e José Carlos da Silva Rocha pelo crime de latrocínio (roubo com morte da vítima). Eles foram sentenciados, respectivamente, a 23 anos e seis meses e 22 anos e dez meses de reclusão, em regime fechado.
Para o magistrado, “inexiste dúvida de que os réus agiram em conjunto à perpetração do crime horrendo mencionado. Impossível esquiva de responsabilidade quando todos os envolvidos sabiam perfeitamente das consequências possíveis da ação violenta premeditada. Os próprios depoimentos dos réus são assentes quanto à consciência prévia do que se faria: subtração, sob grave ameaça ou violência contra a vítima, de suposta quantia no valor de R$ 100 mil e a utilização de armamento, um revólver, como garantia de sucesso da empreitada criminosa. A arma fatal existia para uso se necessário fosse, o que findou ocorrendo”.
De acordo com denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), em agosto de 2015, por volta das 19h30, Francisco de Paulo, junto com dois comparsas, entrou em uma mercantil e anunciou o assalto usando um revólver. Eles fizeram, sob ameaças, um cliente e o funcionário do estabelecimento de reféns, que ficaram dentro de um depósito.
Em seguida, Edilson Machado, dono do comércio, acabou sendo baleado na cabeça. Ele não resistiu ao ferimento e faleceu. Os assaltantes fugiram do local em dois veículos, um deles dirigido por José Carlos. Após perseguição policial, os dois acusados foram presos em flagrante e confessaram o crime, porém contaram versões diferentes da ação. Durante as investigações, não ficou esclarecido quem teria usado a arma contra o comerciante.
Ao julgar o caso (nº 4393-46.2015.8.06.0083), o juiz condenou Francisco de Paulo Nóbrega Júnior a 23 anos e seis meses de reclusão e José Carlos da Silva Rocha terá que cumprir pena de 22 anos e dez meses.
A decisão foi publicada no Diário da Justiça dessa quarta-feira (20/07).