Instituições discutem políticas públicas de apoio ao adicto jurisdicionado
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- 11-11-2009
Com o objetivo de implementar políticas públicas voltadas à recuperação de dependentes químicos que cumprem penas alternativas, o Núcleo de Justiça Terapêutica (NJT), da Vara de Penas Alternativas do Fórum Clóvis Beviláqua realizou nesta quarta-feira (11/11) o IV Encontro da Rede de Apoio ao Adicto Jurisdicionado.Estiveram reunidas instituições do Poder Público, organizações não governamentais e comunidades terapêuticas, que trabalham em parceria.
Durante o encontro, as instituições Celebrando a Restauração, Centro de Valorização da Vida (CVV) e o Conselho Estadual de Política sobre Drogas apresentaram o trabalho que desenvolvem e o resultado conquistado após a parceria com o NJT. ?O importante é sensibilizar a população que a dependência às drogas é uma doença que precisa ser tratada, pois já se tornou um problema social. E, claro, o melhor tratamento é a prevenção educativa, familiar e religiosa?, destaca o presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, Herman Normando.
Atualmente, 121 reeducandos estão sendo atendidas pelo NJT. De acordo com os dados do Núcleo, o resultado do trabalho desenvolvido pelo NJT teve 70% de êxito entre os 147 apenados que cumpriram medidas alternativas e participaram do programa.
?Hoje o nosso grande desafio é aumentar, ainda mais, os índices de recuperação, queremos um dia chegar a 100% de êxito. Para isso, precisamos de parceiros determinados na missão e conquistar espaços em projetos de geração de renda?, destacou o coordenador do NJT, o psicólogo Elton Gurgel, servidor da Vara de Penas Alternativas.
Nos 20 meses de atuação, o NJT já fez 2.620 procedimentos, entre 1.388 avaliações e entrevistas, 822 fiscalizações dos beneficiados, 82 encaminhamentos para terapias, 192 reuniões familiares, 136 visitas às instituições parceiras e três palestras.
Para a juíza titular da Vara de Penas Alternativas, Maria das Graças Almeida de Quental, o encontro tem o intuito de integração e aproximação dos parceiros. ?Estamos reunidos para que possamos fazer uma avaliação do nosso trabalho e melhorar a situação dos nossos reeducandos. Precisamos fazer um ação de conscientização social intensa, mostrar à população que o dependente químico precisa de ajuda?, salientou a magistrada.