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Iniciativa de colaboradora do Judiciário humaniza ambiente de trabalho e torna mais verde o Fórum Clóvis Beviláqua 

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Reportagem: Luís Carlos Silva
Estagiário de Jornalismo da Assessoria de Comunicação do TJCE


Em meio a rigidez e neutralidade da estrutura física do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB), em Fortaleza, os profissionais do Judiciário cearense surpreendem ao revelar seus demais talentos para desenvolver um ambiente de trabalho mais agradável. Um exemplo inspirador é Maria Alzerina de Sousa Silva, auxiliar de Serviços Gerais, que tem transformado o corredor interno do subsolo dois, onde funcionam os setores ligados à Coordenadoria de Processos Administrativos e Judiciais da Infância e Juventude, em um belo jardim suspenso.
 

Residente do município de Maracanaú, Alzerina acorda cedo para cumprir suas atividades cotidianas em casa e, posteriormente, no FCB. Para além de suas atribuições na área da limpeza, ela colocou em prática a ideia de deixar seu espaço de trabalho mais acolhedor através do cultivo de plantas. Logo a iniciativa foi reconhecida, conquistando a todos.  

“Eu comecei a fazer esse jardim suspenso porque todos achavam o ambiente muito quente e fechado. Era só pedra, vidraça e concreto. Então, eu trouxe uma plantinha para deixar o local mais agradável e todos gostaram. Logo depois, outras pessoas viram e passaram a ajudar, a trazer outras mudas. Todo mundo acolheu bem”, destaca a funcionária. 

A diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, juíza Solange Menezes Holanda, acredita que “iniciativas como a de Maria Alzerina revelam o apreço que servidoras, servidores, magistradas e magistrados têm pelo FCB, o que reforça a ideia forjada a partir do projeto #eucuidodofcb, de iniciativa desta Diretoria, de estimular a cultura de cuidados dos usuários com a manutenção e a conservação de nosso espaço de trabalho”. Além disso, segundo a magistrada, a ação “contribui para a promoção do bem-estar das pessoas que aqui trabalham e para a construção de uma atmosfera de trabalho mais saudável e mais produtiva, o que refletirá, positivamente, nas entregas que faremos à população de Fortaleza que nos procura em busca dos serviços ou da solução de seus conflitos”. 

 

 

BEM-ESTAR COLETIVO
Para Heüvulla Guerra, técnica judiciária do setor de Autorização de Viagens da Capital, a atitude de Alzerina tornou o “espaço mais leve e verde, saindo daquele padrão do concreto. Planta é vida e saúde. Nós gostamos demais dessa iniciativa, pois mudou a energia do local. É um pingo no oceano, mas que faz toda a diferença”.  

O sentimento é compartilhado por Luzanir Tavares da Silva, técnica judiciária do Cadastro de Adoções da Comarca de Fortaleza, que descreve a criação do jardim como “maravilhosa, deixando o ambiente mais bonito e humanizado”. Para Roberta Magalhães, psicóloga também do Cadastro de Adoções, o esforço de Alzerina resultou em “novas interações entre os servidores e servidoras daquela área do Fórum. Essas ações são sutilezas que transformam o dia a dia e deixam todo mundo um pouco mais feliz”. 

Considerada por suas colegas como uma profissional dedicada e prestativa, Alzerina se diz realizada pelo trabalho que desempenha há mais de 30 anos na Justiça cearense. Ela reconhece os benefícios de sua iniciativa, mas ressalta que o maior impacto foi construir um sentimento de comunidade e bem-estar. “O corredor ficou mais leve e frio, mas fiquei mais feliz com a união e o envolvimento de todos. As pessoas dizem que se sentem mais à vontade no jardim, que está ótimo. Eu fico muito satisfeita também pelo reconhecimento. Aqui é minha segunda casa, uma família”, conclui Alzerina, que segue cuidando com muito zelo das mudas e se mobilizando para ampliar o jardim suspenso. 

 

 

PLANTIO E PAISAGISMO
Além das ações de colaboradores como Alzerina, o Poder Judiciário cearense tem promovido diversas ações de sustentabilidade ambiental. Atualmente, existem 19 áreas verdes no Fórum Clóvis Beviláqua, entre nove jardins externos e dez internos. O projeto “Horto” do FCB produz mudas de plantas medicinais, como anador e cidreira, que são disponibilizadas para doação aos funcionários. O espaço também conta com plantio e paisagismo de mudas nativas nos jardins externos. A Justiça busca promover a sustentabilidade ao reutilizar materiais, como estantes anteriormente usadas para armazenar armas, agora destinadas a plantas e adornos.