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Cejusc de Fortaleza atende 156 pais em situação de divórcio e promove oficina para 206 pessoas durante pandemia

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Há um ano auxiliando pais e mães em situação de divórcio litigioso, o Grupo Vivencial de Educação Parental (VEP) do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza realizou 156 atendimentos durante esta pandemia. Promoveu ainda 38 encontros online, com reuniões semanais sempre às terças-feiras. O Grupo foi criado em maio de 2020 pelo Cejusc, que fica instalado no Fórum Clóvis Beviláqua.

Os participantes têm acesso a aconselhamentos psicológicos, sob a orientação da psicóloga do Cejusc, Mônica Sant’Ana Mantini, que idealizou o projeto junto com Larissa Alves Teixeira Castelo e Maria Helena Nussio Barbosa, também psicólogas. “Procuramos proporcionar um espaço para essa reflexão tão subjetiva que vem por trás de todos os processos familiares. Estamos lidando com pessoas muitas vezes feridas e que precisam encontrar uma luz para dar seguimento na sua caminhada. Não se trata de um processo terapêutico, mas pode ser o inicio de um. É sempre bom fazer um bom trabalho”, disse a psicóloga.

Os encontros também discutem a temática da alienação parental, que é a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a guarda do menor. São abordados ainda a importância da separação entre parentalidade (cuidados parentais e relações entre pais e filhos) e conjugalidade (laços afetivos e sexuais), e a necessidade de promover o bem-estar dos filhos.

OFICINA DE PAIS E FILHOS ATENDE 206 PESSOAS
Ainda no campo dos esclarecimentos sobre divórcio litigioso e suas consequências para os filhos, o Cejusc da Capital também realiza, desde 2014, a Oficina de Pais e Filhos. Os encontros são conduzidos por expositores capacitados e mediadores de conflitos. Entre julho de 2020 a maio de 2021, foram atendidas 206 pessoas, entre pais, mães, adolescentes e crianças. As reuniões virtuais ocorrem de 15 em 15 dias, às quartas-feiras.

“A oficina não visa avaliar ou julgar os pais, mas ajudá-los, bem como seus filhos, a superarem esta fase de reorganização familiar, a terem mais estabilidade e a continuarem suas vidas. Nos encontros, os participantes recebem orientações sobre o divórcio, separação e sobre as consequências dessas decisões para o núcleo familiar, sempre tendo em vista que, com o fim do laço conjugal entre os pais, a família não se extingue, apenas muda de configuração. Em outras palavras, o que acaba é o laço conjugal, e não parental”, explicou Mônica Sant’Ana. A Oficina de Pais e Filhos é uma inciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) implantada em todos os tribunais do país.