Ex-policial militar será julgado pelo 2º Tribunal Popular do Júri
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- 18-06-2009
O ex-policial militar Fabrízio Giordano Machado Rocha será levado a Júri Popular nesta sexta-feira (19/06), às 9 horas, pela 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. Ele está sendo acusado de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio contra Ranier Menezes Santiago e Geraldo Arruda do Nascimento, respectivamente. O réu aguarda o julgamento em liberdade.
Os crimes aconteceram na madrugada do dia 7 de outubro de 2007, quando réu e vítimas estavam na churrascaria “Badalo”, localizada na avenida Carneiro de Mendonça, bairro Henrique Jorge. Consta nos autos do processo, que Ranier Santiago e Geraldo Nascimento divertiam-se, em grupos diferentes, no local onde estava o policial militar embriagado e armado.
Segundo a denúncia, Fabrízio – expulso da corporação após o acontecimento – começou a discutir com outra pessoa que estava na churrascaria, sacou a arma e, aleatoriamente, disparou contra Ranier que nada tinha a ver com a discussão de seu algoz. Ele veio a falecer no local. Não satisfeito, o policial efetuou vários outros disparos em diversas direções, um dos quais atingiu Geraldo Nascimento. Fabrízio ainda teria se lesionado na perna com a mesma arma ao tentar reagir à abordagem dos seguranças daquele estabelecimento que conseguiram detê-lo.
Depois de ter permanecido em silêncio durante o interrogatório no inquérito policial, Fabrízio declarou em juízo não lembrar-se de nada do acontecido por estar completamente embriagado. Contou ainda que um acidente automobilístico sofrido por ele em 2002 teria deformado parte do seu rosto. O acidente teria acontecido também por causa de amnésia alcoólica, o que fez ele ficar sem beber até a data do fato delituoso. Sua defesa, feita pelo advogado David Sucupira Barreto, pede que ele seja julgado por homicídio simples.
O Ministério Público solicita a sua condenação com base no artigo 121 incisos II e IV , por motivo fútil e impossibilidade de defesa à vítima, do Código Penal Brasileiro. O julgamento será presidido pelo juiz Henrique Jorge Silveira, titular da 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. O processo tramita na 1ª Vara do Júri, porém o magistrado daquela unidade, juiz Francisco Mauro Ferreira Liberato, se considerou impedido de julgar o processo, o que ensejou a sua substituição.