O regime de home office para todo o Judiciário cearense trouxe, entre os benefícios, a oportunidade de Vitória Arrais voltar a morar com a família em Exu (PE). Leia a história na reportagem desta sexta-feira da Série #MEUTRABALHOEMCASA

O Distrito de Tabocas, no Munícipio de Exu, em Pernambuco, é o local onde fica a residência da família de Vitória Arrais, estudante do 9º semestre do Curso de Direito e estagiária do Juizado Especial Cível e Criminal (JECC) da Comarca de Crato, no Ceará. Desde que ingressou na Universidade Regional do Cariri (Urca), em 2015, ela passou a morar em terras cratenses por conta dos estudos, que renderam um estágio naquela unidade do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

A dedicação ao futuro profissional exige certa abdicação. Vitória conta que, nos últimos anos, o contato pessoal com os familiares era feito somente nos fins de semana e nas férias. Para isso, tinha que percorrer 65 km, distância que separa as duas cidades. Agora atuando em regime TeleTrabalho, está sendo possível estagiar e viver na companhia dos entes queridos. Além de manter a continuidade do serviço judicial e a produtividade, o sistema trouxe a oportunidade de ficar perto da mãe, em Exu, neste período de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

O aconchego do lar e o carinho da família se somam aos demais motivos que fazem a estudante seguir firme nas atividades como estagiária do Juizado Especial de Crato. “Acordo cedo, pois o meu expediente começa às 8h e vai até as 13h. O supervisor da unidade, Crísteny Brilhante, criou um grupo no WhatsApp com todos os servidores e estagiários. É dessa forma que nos comunicamos, esclarecendo as dúvidas diárias com rapidez. Cada um de nós tem também e-mail institucional do TJCE, pelo qual o supervisor envia documentos. Há ainda um endereço eletrônico no Gmail, com drive para armazenar arquivos, facilitando o acesso e trabalho de toda a equipe”, explica.

Além disso, a estagiária relata que ocorrem reuniões virtuais semanais com a finalidade de comunicar avisos, estabelecer metas e ter maior controle das atividades do JECC. “Estagiar no Juizado de Crato me permite fazer um pouco de tudo e aprender muito, porque tenho contato com o processo em várias fases. Além de tudo, a equipe está sempre pronta a me ajudar”, conta. A experiência no Poder Judiciário é uma ponte para que Vitória alcance o sonho profissional. Ela quer seguir carreira na Polícia, como delegada.

Sobre a importância da atividade dela para o cidadão, a estudante avalia que se sente “honrada em contribuir com o acesso à Justiça e na busca por direitos e garantias da população cearense. Saber que meu trabalho, assim como o de todos os que atuam no Juizado, é tão fundamental para garantir a prestação jurisdicional de forma efetiva é muito gratificante”.

Com relação ao home office, Vitória considera “uma decisão muito acertada do TJCE, pois permite que magistrados, servidores e estagiários continuem trabalhando diariamente nos despachos, sentenças, certidões e movimentações dos processos. Assim, as partes não terão prejuízos no atual momento em que vivemos na pandemia da Covid-19”.

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