“Você acha que a extinção de torcidas organizadas diminui a violência nos estádios?” Essa foi a pergunta da enquete realizada na última semana no site do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Ao todo, 177 pessoas participaram. Do total, 142 (80%) afirmaram que vai diminuir a violência, enquanto os outros 35 votos (20%) disseram que não.
Muitos desconhecem que a primeira torcida organizada no Brasil foi feminina, nas primeiras décadas do século XX. As mulheres iam aos estádios com bandeirinhas uniformizadas para acompanhar os maridos. Nessa época, a violência nem passava perto dos estádio de futebol. Posteriormente, surgiram as torcidas organizados compostas por homens e começaram os episódios de violência coletiva. Casos de mortes eram constantemente informados após os términos das partidas na hora em que as torcidas se encontravam.
TORCIDAS EXTINTAS
No Ceará, a juíza Antonia Dilce Rodrigues Feijão, titular da 36ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, julgou procedente o pedido do Ministério Público do Ceará (MP/CE) e extinguiu a Torcida Organizada Cearamor (TOC), Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) e Torcida Organizada Jovem Garra Tricolor (JGT). A decisão foi proferida no último dia 3 de junho.
Segundo o MP/CE, as associações são acusadas de homicídios, casos de lesões corporais graves, porte de armas, drogas e veículos roubados, além de brigas, rixas e depredação do patrimônio público e particular.
Em abril de 2012, já havia sido firmado o Termo de Ajustamento de Conduta entre o MP/CE, Polícia Militar do Ceará (PM/CE), Secretaria do Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel), Federação Cearense de Futebol (FCF) e as referidas torcidas organizadas. Na cláusula quarta do documento, constava o compromisso das torcidas de evitarem violência, tumultos, brigas, incitação à violência etc, sob penas das sanções ali previstas.
NOVA ENQUETE
Já está disponível no Portal do TJCE (www.tjce.jus.br) a nova enquete: Você acha que a homofobia deve ser criminalizada? Participe!