Noventa por cento dos casos de suicídio poderiam ter sido evitados se pessoas próximas tivessem percebido os sinais emitidos pelo suicida antes do ato. O dado é do relatório global elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2014, que revelou também que o Brasil ocupa o 8º lugar em números absolutos de casos. Esse foi um dos assuntos abordados na palestra “Prevenção ao Suicídio”, proferida pela voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), Rejane Albuquerque, na tarde desta terça-feira (04/10), no auditório Agenor Studart do Fórum Clóvis Beviláqua.
A atividade, promovida pela Divisão de Saúde Ocupacional do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), integra as ações da campanha “Setembro Amarelo”, que trabalha a prevenção ao suicídio. “O objetivo é quebrar o tabu, é possibilitar com que as pessoas falem dos problemas que têm passado para pedir ajuda”, explica a voluntária.
Na palestra, Rejane discutiu pontos como: os principais motivos que levam ao suicídio, o perfil das pessoas que cometem o ato, quais os sinais mais óbvios a serem identificados em quem está precisando de ajuda, o tipo de abordagem que pode ser feita para ajudar nestes casos e o trabalho realizado pelo CVV. “Ainda é comum que pessoas sem o conhecimento adequado tratem com preconceito doenças como a depressão”, pontuou.
Segundo ela, após uma palestra semelhante na última quarta-feira (28/9) no TJCE, vários colegas de trabalho a procuraram para falar de problemas que eles ou parentes próximos estavam passando. “Muitas pessoas se identificaram com o perfil que eu descrevi na palestra”, relatou a voluntária.
A Divisão de Saúde disponibilizará a palestra completa na intranet do TJCE. Todos os servidores terão acesso ao vídeo.