Na segunda reportagem em homenagem ao Dia das Mães, a Assessoria de Comunicação publica a história de uma psicóloga cujo maior sonho é adotar dois irmãos. “A adoção tem se mostrado um caminho lindo para mim, com histórias incríveis e uma diversidade de experiências que me encantam”, externa Erica Muniz, que aguarda com grande expectativa a chegado dos novos filhos
O sonho de ser mãe e de descobrir uma forma diferente de amor faz parte da vida da psicóloga Erica Muniz. Ela espera, por meio da adoção, realizar o grande desejo de adotar dois filhos, que podem chegar a qualquer momento.
A expectativa é grande e Erica sabe que será uma experiência cheia de novos desafios e descobertas, como toda maternidade. “Haverá dificuldades, surpresas, conquistas e crescimento. Espero que tudo isso seja envolvido por muito amor”, conta.
Erica e o marido estão na lista de espera para adoção desde março deste ano. Casados há pouco mais de quatro anos, eles pretendem aumentar a família. “A adoção foi um meio que encontrei para realizar esse desejo de poder educar e amar de uma forma que ainda não experimentei”, destaca a psicóloga. Eles então buscaram a Justiça para dar entrada no processo de adoção. “Por meio da Justiça teremos a oportunidade de nos vincular a crianças que já estão disponíveis para adoção, com tudo legalizado, o que torna o processo mais seguro”, afirma.
Antes de decidir adotar, o casal participou de grupo de apoio para pais e pretendentes à adoção. “Fui conhecer esse mundo, estudar, trocar ideias com quem já adotou, e me conhecer também, para ter mais segurança na minha decisão. A adoção tem se mostrado um caminho lindo para mim, com histórias incríveis e uma diversidade de experiências que me encantam”.
O casal entregou os documentos em agosto de 2015 na 3ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, unidade especializada em processos de adoção. Após esse procedimento, fizeram curso obrigatório e foram avaliados por equipe técnica.
Na capacitação, além de receber esclarecimentos sobre adoção, eles indicaram o perfil das crianças que pretendem adotar: dois irmãos entre dois e sete anos de idade, sendo que pelo menos um seja menina. “Eu queria ter mais de um filho e achei interessante adotar em um mesmo processo duas crianças que já tivessem um vínculo, as mesmas raízes, que se apoiassem e que pudessem continuar juntas”, disse a futura mãe.
Em janeiro deste ano, o casal passou por entrevistas e recebeu a visita de um assistente social. O enteado de Erica também participou desses procedimentos.
O documento de habilitação foi entregue em março. Com ele, o casal pôde fazer parte do Cadastro Nacional de Adoção. “Atualmente, estamos aguardando a chegada dos nossos filhos, pois ainda não há crianças que possam ser adotadas no perfil que desejamos”.
Erica já está preparada para receber os futuros filhos e diz que hoje se sente menos ansiosa e com menos pressa. “Torço para que venham na melhor hora. Se eles chegarem antes do próximo Dia das Mães, vou viver uma data muito feliz ao lado deles”.
ADOÇÃO
Em 2 de junho de 2014, a 3ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza passou a ser responsável pelo julgamento somente de processos cíveis, como pedidos de guarda e tutela, ações de destituição do poder familiar e requerimentos de adoção. A especialização ocorreu após a aprovação da Resolução nº 5/2014, do TJCE.
Com a reformulação, os processos de adoção ficaram mais rápidos e o número de pedidos aumentou. As chances de Erica e de outras pessoas que buscam adotar estão maiores. A juíza Alda Maria Holanda Leite, titular da 3ª Vara, fala que “a especialização estimulou as pessoas a acreditarem que o processo vai ser julgado mais rápido”.
Em 2013, antes da reestruturação, foram concretizadas 14 adoções. No ano seguinte, foram 17. Já em 2015, o ano encerrou com recorde no número de adoções: 37 crianças e adolescentes ganharam um novo lar. Este ano, até o mês de abril, 26 processos de adoção foram finalizados, três aguardam sentença e 32 processos estão em andamento.