Desembargador aguarda decisão do presidente Lula
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- 20-01-2010
20.01.2010 Política
O desembargador Raul Araújo continua na expectativa de ser indicado ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele viajou à Brasília, mas antes conversou com o Jornal O Estado no Aeroporto Internacional Pinto Martins, e revelou, sem ventilar nomes, que a lista tríplice enviada ao presidente da República contém um desembargador do Paraná e outro de Minas Gerais ? formando com ele, os três nomes entre os quais o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, escolherá apenas um.
?Esses juristas estão concorrendo comigo, porém a decisão é do presidente Lula que têm essas três indicações para escolher o novo membro do STJ?, observou. Araújo ainda disse que tem 33,3% de chances, por isso está embarcando para a capital do País, no intuito de avaliar as mudanças e obter novas informações.
Ele comentou que seu maior projeto, caso seja o escolhido é o compromisso com o trabalho. Além do mais, prometeu empenhar-se ao máximo para justificar sua indicação. ?Até a escolha definitiva ficamos na expectativa?, acrescentou.
Ações
Sem deixar de comentar sobre as ações do Judiciário, declarou que há uma conscientização cada vez maior com a efetividade da prestação jurisdicional, mas, acima de tudo, com a agilização, ou seja, a celeridade no andamento processual. Para isso, de acordo com ele, o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu a chamada meta dois, que na verdade é a tentativa de julgar todos os processos até 2005.
Já em relação à expansão da criminalidade no Ceará e no Brasil, Araújo assegura ser fundamental um policiamento ostensivo. Entretanto, observa que o segredo para abolir a violência ainda é a educação. ?Uma educação de qualidade vai garantir aos jovens um futuro sem prejuízo?, afirmou.
Acrescentando que para isso funcionar é necessário haver uma escola pública na qual filhos [as] de trabalhadores de um modo geral possam disputar em condições de igualdade com estudantes de escolas privadas, tendo as mesmas oportunidades.
Segurança pública
Para o desembargador, o problema da segurança pública não é apenas dos governos estaduais, mas também do Executivo federal, que terá de adotar novas políticas públicas para tentar combater a violência. Ele reconhece, inclusive, a parcela de responsabilidade do Judiciário neste processo, principalmente no sentido de dar resposta à impunidade.
?O problema de segurança pública é um dos mais complicados no País e um desafio, porque passa pela modificação da legislação, pela estruturação dos aparelhos policiais e de investigação e pelo Ministério Público e Judiciário. Além disso, um sistema penitenciário adequado?, reconheceu. Contudo, felicitou o esforço do Governo do Estado em melhorar a contratação de novos servidores, novos veículos e novas delegacias especializadas.