?Falar do recém empossado é narrar a trajetória de um vencedor, não de vitórias fáceis, mas sim, daquelas bem conquistadas, marcadas pela decência e compromisso profissional. Ele soube ao longo de sua carreira conjugar características inseparáveis da figura do bom juiz: integridade, independência e coragem?, ressaltou o desembargador Antônio Abelardo Benevides Moraes, representando os componentes do Tribunal de Justiça, em discurso de saudação ao desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo, empossado nesta quinta-feira (04/06), em solenidade realizada no Palácio da Justiça desembargador Júlio Carlos de Miranda Bezerra.
O desembargador Antônio Abelardo destacou a trajetória profissional de Haroldo Máximo, ressaltando que o ponto mais alto do seu trabalho ocorreu à frente da Vara de Penas Alternativas, em Fortaleza, a primeira instalada no País, e que obteve reconhecimento dentro e fora da magistratura. ?O seu talento transformou o sonho em realidade?, pontuou.
Abelardo Benevides disse também que o Tribunal de Justiça vem se adaptando aos novos tempos de modernidade, de plena e irreversível transparência. ?Vive-se um momento de novo desenho do papel social e político do Poder Judiciário?.
Ainda sobre o desembargador Haroldo Máximo, Abelardo pontuou o seu destacado desempenho no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) faz constatar que trata-se de um magistrado planemente maduro para a tarefa de julgar no segundo grau. ?Aliada a essa maturidade, pessoal e profissional, o fato de ser pessoa de fácil convivência, afável, certamente muito contribuirá para atuar neste colegiado?.
Dirigindo-se ao recém empossado, o desembargador Abelardo Benevides disse que ?os desafios são grandes, mas tenho certeza de que seu compromisso com a instituição é ainda maior. Asseguro-lhe que este Tribunal tem a convicção de que acertou na sua escolha, e de que poderá contar com sua inteligência, seus esforços e capacidade de trabalho, na busca do aprimoramento das atividades desenvolvidas nesta Corte?.
DIFICULDADES ? O desembargador Albelardo pontuou as dificuldades vivenciadas no Poder Judiciário. ?A enorme e desumana carga de trabalho imposta aos magistrados, a ausência de quadro de pessoal compatível com a demanda, o descompasso entre a estrutura de tecnologia da informação oferecida pelo mercado e a que está disponibilizada ao Judiciário e o insuficiente número de magistrados são, sem dúvidas, os maiores empecilhos à efetivação do princípio do acesso à Justiça no nosso País?.
Na visão do desembargador Abelardo, é inegável que as limitações orçamentárias existem e que os efeitos da crise globalizada também podem ser sentidos no âmbito do Poder Judiciário. Porém, ressaltou que ?as crises favorecem a criatividade. Há que se gerir com eficiência, ousar, lutar, criar, redimensionar, procurar modificar estruturas e comportamentos, cabendo a cada um de nós dar sua contribuição?.