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Defesa vai recorrer contra condenação

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17.12.2009 Polícia
Depois de quase 12 horas de sessão, o Júri condenou Lara França a 18 anos de cadeia pela morte da mãe adotiva
Terminou na madrugada de ontem o julgamento da estudante universitária Lara França da Rocha, 22. Depois de quase 12 horas de sessão, o Conselho de Sentença do Quarto Tribunal Popular do Júri condenou a ré a 18 anos de prisão. Mas, os advogados de defesa da acusada já anunciaram que vão recorrer contra a decisão e pedir, portanto, novo julgamento.
O Ministério Público conseguiu convencer os jurados do envolvimento de Lara na morte de sua mãe adotiva, a aposentada Iracema Carvalho Lima, 73. Ela morreu no hospital depois de sofrer graves queimaduras durante um incêndio no quarto do apartamento onde morava com a estudante. O crime ocorreu na madrugada do dia 23 de julho do ano passado.
Lara foi acusada de ter provocado intencionalmente o incêndio para matar a mãe. Por conta disso, os promotores de Justiça Joseana França e Humberto Ibiapina pediram a condenação máxima (30 anos), por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, sem meios de defesa para a vítima e praticado por meio cruel (fogo).
Caso a condenação seja confirmada pelo Tribunal de Justiça, na prática, Lara ficará pouco mais de três anos na prisão, pois, como é ré primária e de bons antecedentes, terá que cumprir apenas um terço da pena em regime fechado. Além disso, já estava presa há quase um ano, o que irá diminuir o tempo na cadeia. Será também beneficiada com a progressão de regime, caso mantenha o bom comportamento na cadeia.
Revelação
Durante o julgamento, os advogados de defesa da estudante, Cristian Abreu e Alessandro do Carmo Batista, tentaram convencer os jurados de que a garota não fora a autora do crime, levantando, assim, a tese da negativa de autoria. Lara chegou a afirmar que a mãe adotiva era uma pessoa depressiva e que tentara, por três vezes, dar fim à própria vida.
Mas, os depoimentos das testemunhas de acusação foram importantes para que os jurados se convencessem do assassinato. Por volta de 0h30 de ontem, o juiz José de Castro Andrade leu a sentença. Condenada, Lara saiu do Fórum Clovis Beviláqua, algemada, de volta para o Presídio Feminino.