17.12.09
Os advogados de defesa da universitária Lara França, Alexandre Batista e Cristian Duarte, recorreram da decisão da Justiça, condenando sua constituinte, na manhã de ontem, 4ª.feira (16/12).
Ela foi condenada à prisão por 18 anos acusada de ter ateado fogo no apartamento em que vivia com a mãe em julho de 2008, o que resultou em sua morte.
Lara, que já estava presa há um ano e três meses, recebeu a condenação após cerca de 10 horas de julgamento no Fórum Clóvis Bevilaqua.
Lara França, universitária, foi condenada por homicídio triplamente qualificado. Durante todo o julgamento, ela permaneceu de cabeça baixa e só se levantou na hora de ouvir a sentença.
De acordo com Alexandre, o processo não autoriza a condenação de Lara por não apresentar testemunhas nem provas suficientes. “Não concordamos e achamos injusta a condenação a 18 anos de prisão. O julgamento foi muito mais um clamor social. Lara só confessou o crime na delagacia porque foi coagida pelos advogados da família”, afirmou ele.
Já o promotor Humberto Ibiapina acredita que a pena de 18 anos de prisão foi razoável em virtude de Lara França ser ré primária e ter bons antecedentes.
Sobre a declaração dos advogados de defesa, o promotor afirma que há provas sufucientes para a condenação da jovem. “A votação foi pela maioria e não houve questionamentos dos jurados. Todos foram favoráveis à condenação”, disse.
Ainda segundo o promotor, não há sustentação nem profundidade nas alegações dos advogados. Para Ibiapina, eles continuam sendo superficiais na defesa.