Decretação de prisão preventiva diminui em 50% as “saidinhas bancárias”
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- 05-06-2009
O crime conhecido como ?saidinha bancária? foi reduzido em 50% no número de ocorrências do último mês de maio. A queda, de acordo com o promotor de Justiça, Pedro Olímpio, se deve ao trabalho conjunto do Ministério Público e do Poder Judiciário do Ceará no combate ao crime organizado, que resultou na prisão de 12 pessoas envolvidas. ?A juíza Francisca Adelineide, titular da 2ª Vara Criminal, prontamente determinou a prisão preventiva dos acusados da prática desse delito?, ressaltou o promotor. Os dados são da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Coin/SSPDS).
Em janeiro deste ano foram registradas 40 ocorrências de ?saidinhas?; em fevereiro mais 40 casos; em março 30 registros; em abril 27 ocorrências; e, em maio, o quantitativo foi reduzido para 19 casos. A maioria dos criminosos se utilizava de motocicletas e revólveres para a realização dos assaltos. Em 2008, os bairros da Aldeota, Centro e Montese registraram o maior número de ocorrências.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc), do Ministério Público, iniciou o trabalho de investigação para inibir a prática do delito desde fevereiro deste ano, recebendo total apoio do Poder Judiciário e também Coin/SSPDS.
O promotor de Justiça, Pedro Olímpio, reforça ainda que o trabalho conjunto do Ministério Público e do Poder Judiciário resultou na desarticulação de várias quadrilhas envolvidas no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, sequestro, assaltos a banco, pistolagem, entre outros crimes.
O sucesso de operações como ?Castanhão?, que apurava crimes de pistolagem na região de Jaguaretama; ?Pedra Lascada?, que tratava do crime de tráfico de drogas e pistolagem, em Itapipoca; só foi possível graças a concessão de medidas cautelares, tais como quebra de sigilo, interceptação telefônica, sequestros de bens, prisões preventivas requeridas pelo Ministério Público e deferidas pelos juízes responsáveis.
?Os juízes do Ceará estão sensíveis ao combate do crime organizado e acreditam no trabalho desenvolvido pelo Gecoc. Nós contamos com o apoio incondicional do Judiciário. E isso é muito importante para o bom andamento das nossas investigações, já que os juízes sempre dão prioridade e celeridade nos nossos processos?, afirmou o promotor.