Cuidar das três filhas, uma delas com doença rara, e continuar trabalhando gera satisfação
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- 16-04-2020
Mãe de três meninas, a servidora Karleny Botelho afirma que o home office permite produzir mais e ampliar o cuidado com as crianças. Confira na reportagem da Série #MEUTRABALHOEMCASA
Ser mãe e trabalhar exige dedicação. Quando o filho tem algum problema de saúde, os cuidados são ainda maiores. Essa situação reflete a vida da servidora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Karleny Botelho. Com três crianças em casa, uma delas com doença rara no fígado, ela continua desempenhando as funções, em home office, na Coordenadoria de Educação Corporativa da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Tribunal.
O tempo em casa é dividido entre as atividades do Judiciário e a atenção às meninas, que têm idades de 3, 7 e 9 anos. A do meio apresenta deficiência do metabolismo no fígado, uma doença rara que exige a administração de diversos remédios ao longo do dia, além de uma dieta especial. Apesar do problema de saúde, a criança é muito ativa e gosta principalmente de assistir a séries infantis com as irmãs. “Fico tranquila, porque olho para elas e vejo que estão bem. Assim, eu me envolvo na dinâmica da casa, organizo tudo melhor e consigo atuar com facilidade”, afirma.
A rotina profissional é voltada a escrever projetos de capacitação, memorandos, ofícios, publicação de portarias de magistério, processos de pagamento, trilhas de capacitação, anotação de cursos de graduação e pós-graduação no sistema, controle de bolsas de mestrado e doutorado, afastamento de servidores para estudos, organização de cursos a distancia e resposta a e-mails. Além do computador, o WhatsApp é utilizado nessas tarefas.
Técnica judiciária do TJCE há 17 anos, a servidora diz que entre as lições do isolamento social causado pela Covid-19 estão “cuidar da saúde, bem maior de todos nós, e valorizar a vida, olhar para o ser humano. A solidariedade também é muito importante. Todas as minhas compras são entregues por amigos e familiares. Quanto ao profissional, defendo e considero o TeleTrabalho extremamente viável, porque temos acesso aos sistemas em casa. É como se a minha percepção aumentasse e eu consigo trabalhar com muita clareza e assertividade. É incrível como a produtividade é maior. Eu gosto de trabalhar. Então, é fácil. Quando um novo curso é lançado, já comunico a todos com alguns cliques”, ressalta.
Ainda sobre a atuação remota, Karleny comemora a maior comodidade de não ter que enfrentar trânsito lento. “Eu perdia cerca de três horas para ir ao TJCE e vir. Eu otimizo esse tempo e posso usar para fazer alongamento, brincar com as crianças e preparar receitas na cozinha. Também é mais seguro, porque evita a violência urbana e o risco de contaminação pela Covid-19”.
Além disso, a servidora conta que “é incrível e se admira como consegue desempenhar as atividades e zerar as filas de trabalho. Parece que a visão fica mais ampliada”, comemora.
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